domingo, 3 de março de 2013

No Castelão lotado, ASA vence o Ceará e vai à final do Nordestão


O Castelão lotado com 52.207 pagantes não foi o suficiente para que o Ceará levasse a vaga na final da Copa do Nordeste. No início da noite deste domingo, o ASA não tomou conhecimento da torcida do Vovô e venceu por 1 a 0, gol de Léo Gamalho, e tem agora a chance de conquistar um título inédito. No jogo de ida, em Arapíraca, as equipes haviam empatado por 3 a 3, o que fazia com que o time cearense jogasse por um empate por até dois gols.
Durante maior parte da partida, o Ceará foi melhor e criou mais portunidades. No entanto, a equipe de Arapiraca soube suportar bem a pressão e fazer um gol, em uma cobrança de escanteio, já na parte final do jogo.
O adversário do ASA na final é o Campinense, que também neste domingo eliminou o Fortaleza, arquirrival do Ceará, por 1 a 0. A primeira partida será no próximo domingo. Como o time de Campina Grande teve melhor campanha até aqui, a decisão começa em Arapiraca, interior de Alagoas. A volta será no Amigão, em Campina Grande. Se houver empate em pontos e saldo de gols ao fim dos confrontos, será campeão quem balançar mais a rede fora de casa. Persistindo a igualdade, a taça será decidida por cobranças de pênaltis.
lance do jogo entre Ceará e ASA (Foto: Futura Press)Ceará e ASA fizeram jogo disputado no Castelão (Foto: Futura Press)
Pressão, gol anulado e Vovô no ataque
O primeiro tempo do jogo foi, basicamente, de um time só. Até parecia que o Ceará precisava de um gol de qualquer forma e não jogava por até três empates (0 a 0, 1 a 1 e 2 a 2). Empurrado pela torcida, o Vovô pressionou desde o início. Aos sete minutos, Anselmo arriscou o primeiro chute e obrigou Gílson a fazer a primeira defesa.
O time cearense era perigoso, principalmente nas jogadas criadas por Gabriel e Ricardinho. O camisa 10 do Vovô, por sinal, foi o maestro em quase todos os lances cruciais de ataque. Aos 15, ele cobrou falta na medida para Régis, que desviou de cabeça e levou perigo. Aos 18, em cruzamento da esquerda, Ricardinho passou para Magno Alves, que testou a bola, mandando rente à trave.
Aos 21 minutos, o próprio Ricardinho finalizou bem, da direita, em vez de cruzar, surpreendendo o goleiro Gilson e acertando a trave. O ASA se limitava a se defender e tentar utilizar o centroavante Léo Gamalho como referência. Nem mesmo o criativo Didira parecia inspirado, em um meio-campo dominado pelos atletas do Ceará.
Aos 37 minutos, veio o lance mais polêmico da primeira etapa. Em cobrança de falta ensaiada, Ricardinho tocou na entrada da área para Gabriel, que chutou rasteiro. A bola ia entrar, mas Anselmo deu um toquinho para desviar para o fundo da rede, o que foi suficiente para que o auxiliar anulasse o gol do Ceará.
Léo Gamalho garante vitória pelo alto
Os primeiros minutos da etapa complementar foram de ainda mais pressão e ímpeto do Ceará. Até os oito minutos, foram nada menos que três chances reais perdidas. Anselmo perdeu por baixo e por cima, nos duelos contra o goleiro Gílson. Gabriel também tentou na base do drible, mas as finalizações saíram sempre longe do gol.
Aos 14, foi a vez de a arbitragem anular um gol do ASA. Didira cobrou falta da esquerda, Tiago Garça desviou de cabeça e empurrou para o fundo das redes, mas, impedido, teve o gol invalidado.
O técnico do Ceará mudou o time e possibilitou que o ASA equilibrasse a partida, ao tirar Anselmo e colocar Válber. Com o jogo mais equilibrado, as oportunidades diminuíram, ao passo que o nervosismo aumentava.
Aos 38 minutos, veio o castigo para o alvinegro que mais desperdiçou chances. Em cobrança de escanteio de Osmar, Léo Gamalho apareceu com liberdade na segunda trave e fuzilou de cabeça, fazendo 1 a 0 para o ASA.
Após os 40 minutos, o Vovô foi para o desespero. Pingo e Gabriel contunuaram a dar um drible a mais e desperdiçar chances de concluir a gol. Quase no fim do jogo, em cruzamento de Pingo, Magno Alves tentou de letra e perdeu a chance de empatar a partida e fazer a festa dos mais de 50 mil presentes no novo Castelão. Para alegria do time de Arapiraca.

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