Deputado Ninho “detona” o capitalismo em discurso na Câmara Federal

O deputado Severino Ninho (PSB) substituiu Ana Arraes (TCU) na Câmara Federal com gosto de gás.

Seu primeiro discurso de peso, pronunciado nesta quinta-feira, foi “detonando” o capitalismo e exaltando o socialismo. Ei-lo:

I- Em 1989 e anos seguintes, em decorrência da queda do muro de Berlin, e a consequente dissolução da União Soviética, muito se ouviu sobre a derrocada do socialismo, havendo até quem anunciasse o fim das ideologias e do antagonismo esquerda/direita.

II- Alardeou-se nos quatro cantos do mundo, que o socialismo fracassara, que o regime que pregava um mundo melhor, com uma sociedade menos desigual, com justa distribuição de riquezas, tendo o ser humano como fim, e não, como meio, simplesmente chegara ao fim.

III- Conservadores de plantão, ideólogos de direita, seguimentos da mídia comprometidos com o “status quo”, enfim, os beneficiários do sistema de exploração capitalista, uníssonos, alardeavam a vistoria do capitalismo, apontando-o como o sistema capaz de levar as massas ao bem estar social.

IV- Há um pensamento que diz ser o tempo o senhor da história. E o tempo mostrou que o capitalismo não está assentado nas bases sólidas que foram apregoadas, tampouco é aquele regime dos sonhos e capaz de assegurar o desenvolvimento das nações.

V- O momento vertente demonstra o inverso. Os EUA, locomotiva do capitalismo, que em defesa do capital já promoveram guerras, invasões, embargos, etc., há dois anos enfrenta grave crise econômica, empobrecendo seu povo, levando consigo países para o fosso do desemprego e da fome.

VI- As últimas estatísticas apontam os EUA com 49 milhões de pobres, ou 16% da população, conforme censo feito naquele país.

VII- A Europa não fica atrás, ou seja, vai à reboque e a crise se alastra dramaticamente no continente, provando mais um vez que o capitalismo apodreceu. A Itália, a Grécia, a Irlanda e a própria França são exemplos vivos dos fracassos do capitalismo e a situação é tão séria que a Grécia tornou-se palco de uma forma de neocolonialismo, como diz o economista Gabriel Palma, professor da Universidade de Cambridge.

VIII- Enquanto isso o socialismo sobrevive, sobretudo, o socialismo que o PSB defende desde 1947, o socialismo com liberdade, onde os avanços da conquista pela igualdade não aniquilam o direto às liberdades de impressa, religião, sindical, entre outras.

IX- Assim, Senhor Presidente, Senhoras e Senhores Deputados, o socialismo vive, acalenta multidões e sopra como uma esperança de um mundo mais justo, fraterno e igualitário, enquanto o capitalismo agoniza e pede reformas em seus princípios.