quarta-feira, 31 de julho de 2013

COPA DO INTERIOR COMEÇA COM EMPATE EM CARPINA



Zé Mota Valença
Da TV SBUNA
Nesse domingo (28), aconteceu a abertura oficial da Copa do Interior 2013. O campeonato teve início com o jogo entre as seleções de Carpina e Timbaúba.  A partida terminou empatada em 1 x 1. O jogo foi marcado por apresentações culturais.
Antes do jogo, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, acompanhado da sua esposa, Neide Carvalho, e do diretor da FPF Jorge Vieira Junior, reuniu o prefeito de Carpina, Carlos Vicente de Arruda, a secretária de Cultura Turismo e Esportes da cidade, Kássia Geane de Arruda, o diretor de Esportes do município, Edimilson João dos Santos e os presidentes das ligas do interior, para um almoço. Após a confraternização, os dirigentes seguiram para o estádio Municipal Paulo P. C. de Petribu para prestigiarem o jogo entre as seleções de Carpina e Timbaúba.

Várias apresentações foram realizadas antes do início da partida, que estava marcada para às 16h. Houve apresentação do grupo de judô, de dança olímpica e de capoeira da cidade. O atleta Juninho Carpina, também, foi apresentado durante a abertura oficial da competição. A cantora Pandora realizou um show com o grupo de escoteiros, cantando os hinos de Carpina, Pernambuco e do Brasil. Às 16h, o presidente Evandro Carvalho deu um chute simbólico do início do jogo. A próxima rodada está marcada para acontecer neste domingo (04).

sábado, 27 de julho de 2013

Daniela Mercury fez show no Festival de Inverno de Garanhuns.


 Zé Mota Valença 
Da TV SBUNA 

Na madrugada deste sábado, a cantora Daniela Mercury fez o show mais político do Festival de Inverno de Garanhuns. 

Na apresentação, a cantora defendeu o Movimento Passe Livre, criticou o racismo e avisou ao público que a Organização das Nações Unidas (ONU) criou uma campanha internacional contra a homofobia. 

Novas notas de R$ 2 e R$ 5 circulam a partir da próxima segunda-feira

Nota de 2 reais. Crédito: Divulgação/BC
Nota de 5 reais. Crédito: Divulgação/BC
Zé Mota Valença 
Da TV SBUNA.

Vai ter novidade na carteira dos brasileiros a partir da próxima segunda-feira (29). É quando vão começar a circular as novas notas de R$ 2 e R$ 5, segundo um comunicado do Departamento de Meio Circulante do Banco Central. As notas não vão mudar muito na cor. A de R$ 2 fica azul. A de R$ 5 continua com tons de lilás. Mas como aconteceu com as outras notas, elas vão mudar de tamanho.

Notas de tamanhos diferentes são para ajudar os deficientes visuais. Outra ajuda é que a nova nota de R$ 2 tem como marca tátil uma barra inclinada. Já a de R$ 5 possui uma barra horizontal. As novas cédulas também passaram por tratamento para aumentar sua vida útil.

Com a chegada ao mercado das cédulas de R$ 2 e R$ 5, ficará completa a segunda família do Real. O projeto de substituição das cédulas começou em 2010, com a troca das cédulas de R$ 50 e 100. No ano passado, foi a vez das notas de R$ 20 e R$ 10 ganharem nova roupagem.

De acordo com o Banco Central, hoje as cédulas da segunda família representam 55% das notas em circulação. Como aconteceu das outras vezes, ninguém precisa correr para o banco para trocar as notas antigas. Elas serão substituídas aos poucos, sempre que forem sendo depositadas nos bancos.

Fonte: Diário de Pernambuco

COPA DO INTERIOR COMEÇA NESTE DOMINGO

Encontros Ligas 2
Zé Mota Valença 
Da TV SBUNA

A 30 ª edição da Copa do Interior de Futebol Amador terá início neste domingo (28). O jogo de abertura da competição será entre as seleções de Carpina e Timbaúba, no estádio Municipal da cidade de Carpina, às 16h. Este ano, 25 equipes participarão do torneio e estarão divididas em sete grupos. O troféu da seleção campeã 2013 recebe o nome de Amaro Batista Ciriaco – uma homenagem ao pai do presidente da Liga de Carpina. Para o início do torneio, nesta sexta-feira (26), as equipes receberam, na sede da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), o material completo de jogo, incluindo uniformes e bolas.

O encontro aconteceu no Salão Nobre da entidade na presença do presidente da FPF, Evandro Carvalho, acompanhado pela diretoria da instituição que foi nomeada para tratar de todos os assuntos relacionados às ligas. Na ocasião, David Sabino ficou responsável por todo o contato feito entre a Federação e as ligas, Jorge Vieira Júnior cuidará da parte administrativa e Roberto Zaidan ficará responsável pela parte social das ligas.
Evandro Carvalho ao lado dos dirigentes das ligas do interior

O presidente da FPF, Evandro Carvalho, fez questão de ressaltar a importância das ligas para o futebol pernambucano. “Entendo a importância de cada liga para o seu município. Assim que assumi me comprometi a desenvolver um projeto de médio e longo prazo para o fortalecimento do futebol amador no interior. Hoje, iniciamos este projeto com o novo tratamento que a federação passa a dispensar as ligas que será o mesmo que dispensamos para os clubes profissionais”, disse.

Além de todas essas mudanças, o presidente também definiu alguns pontos que serão modificados. “A partir de agora todas as reuniões sobre assuntos relacionados às ligas do interior serão realizadas no salão nobre da instituição, a federação, também, se compromete em contribuir com um cheque para a festa de aniversário de cada liga. Também fica instituído que a partir deste ano a equipe campeã da Copa do Interior receberá um cheque no valor de R$ 5.000”, informou o presidente.

Outro ponto discutido no encontro foi a arbitragem dos jogos. O membro da Comissão Estadual de Arbitragem, Francisco Domingos, detalhou as principais mudanças “A partir de agora, os árbitros serão, totalmente, neutros. A cada jogo as ligas vão selecionar os assistentes de ligas vizinhas para comandarem a partida ao lado do árbitro escalado pela FPF”, informou.
fonte: F.P.F

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Morreu nesta quarta-feira o último cangaceiro do bando de Lampião

Morreu nesta quarta-feira o último cangaceiro do bando de Lampião, Manoel Dantas Loiola, de 97 anos, mais conhecido como Candeeiro. Ele faleceu na madrugada de hoje no Hospital Memorial de Arcoverde onde estava internado desde a semana passada, após sofrer um derrame. O sepultamento está marcado para as 16h, no cemitério da cidade de Buíque.

Pernambucano de Buíque (a 258 quilômetros do Recife), Manoel ingressou no bando de Lampião em 1937, mas afirmava que foi por acidente. Trabalhava em uma fazenda em Alagoas quando um grupo de homens ligados ao famoso bandido chegou ao local. Pouco tempo depois, a propriedade ficou cercada por uma volante e ele preferiu seguir com os bandidos para não ser morto.

No final da vida, atuava como comerciante aposentado na vila São Domingos, distrito de sua cidade natal. Atendia pelo nome de batismo, Manoel Dantas Loyola, ou por outro apelido: seu Né. No primeiro combate com os “macacos”, quando era chamado de Candeeiro, foi ferido na coxa. O buraco de bala foi fechado com farinha peneirada e pimenta.

Teve o primeiro encontro com o chefe na beira do Rio São Francisco, no lado sergipano. “Lampião não gostava de estar no meio dos cangaceiros, ficava isolado. E ele já sabia que estava baleado. Quando soube que eu era de Buíque, comentou, em entrevista concedida ao Diario: ‘sua cidade me deu um homem valente, Jararaca’”.

Candeeiro dizia que, nos quase dois anos que ficou no bando, tinha a função de entregar as cartas escritas por Lampião exigindo dinheiro de grandes fazendeiros e comerciantes. Sempre retornava com o pedido atendido. Ele destacou que teve acesso direto ao chefe, chegando a despertar ciúme de Maria Bonita. Em Angicos, comentou que o local não era seguro. Lampião, segundo ele, reuniria os grupos para comunicar que deixaria o cangaço. Estava cansado e preocupado com o fato de que as volantes se deslocavam mais rápido, por causa das estradas, e tinham armamento pesado.

No dia do ataque, já estava acordado e se preparava para urinar quando começou o tiroteio. “Desci atirando, foi bala como o diabo”. Mesmo ferido no braço direito, conseguiu escapar do cerco. Dias depois, com a promessa de ser não ser morto, entregou-se em Jeremoabo, na Bahia, com o braço na tipóia. Com ele, mais 16 cangaceiros. Cumprindo dois anos na prisão, o Candeeiro dava novamente lugar ao cidadão Manoel Dantas Loyola. Sobre a época do cangaço, costumava dizer que foi “história de sofrimento”.


Fonte: Diário de Pernambuco

domingo, 14 de julho de 2013

FILINTO MULLER – O HOMEM DE CONFIANÇA DE GETÚLIO VARGAS


Nascia em Cuiabá (MT) no dia 11 de Junho de 1900, uma das figuras mais temidas do Distrito federal: Filinto Muller, o Chefe de Polícia do Distrito federal (a polícia era então chamada de "cabeças de tomate", e ganharam esse apelido da população pela farda cáqui e o quepe vermelho que usavam. Essa força chegou a contar com 500 homens no Distrito Federal) de 1933 até 1942.
Era conhecido por andar com um quebra-nozes no bolso do paletó, que utilizava para quebrar os dedos dos presos, enquanto eram torturados para falarem. Estima-se que 20.000 pessoas foram detidas nesse período no Distrito Federal. Homem de confiança de Getúlio Vargas, atuava tanto no combate a integrantes da esquerda como de Integrantes da AIB (ação Integralista Brasileira), com fortes ligações e admiração pela Alemanha Nazista. Era assíduo frequentador da residência do Embaixador Alemão, situada na época em Santa Teresa e mantinha ligações inclusive com a GESTAPO alemã. Foi quem comandou a operação que prendeu Olga Benário e Luis Carlos prestes na fracassada Intentona Comunista de 1935.

Filinto Muller também participou ativamente no combate aos revoltosos da Revolução de 32 em São Paulo. Vargas costumava referir-se a ele como: “Incansável, sereno e persistente, obtendo resultados felizes sem necessidade de excessos”. É claro que a oposição do Estado Novo não concordava muito com isso.

Em 1942 cresce as pressões populares para que o Brasil declare guerra às potências do Eixo, e em julho desse mesmo ano a UNE, juntamente com vários sindicatos organizou um grande comício defendendo a entrada do Brasil na guerra. Filinto Muller se opôs ao comício entrando em choque com Oswaldo Aranha (que sempre foi pro-EUA e defendia a entrada do Brasil na guerra). Acabou afastado do cargo e de todas as funções no gabinete de Vargas (não havia mais clima para um defensor aberto da Alemanha com o Brasil em guerra contra o Eixo). Posteriormente foi eleito Senador por Mato Grosso por 4 mandatos consecutivos e foi presidente da ARENA (partido da base de sustentação do Regime Militar). Morreu em um acidente aéreo em 11 de julho de 1973 (conhecido voo Varig RG-820, em que 123 pessoas morreram, e contou com apenas 11 sobreviventes). Filinto Muller recebeu diversas condecorações do Estado Brasileiro e um dos salões do Senado tem seu nome como homenagem póstuma.


Referencias: LIMA, Augusto Cesar Pimentel do Monte. PORQUE A COBRA FUMOU. O Ambiente Politico, Declaração de Guerra e a Criação da FEB. Trabalho de Conclusão de curso (graduação em Historia), Universidade Federal Fluminese, Instituto de Ciencias Humanas e Filosofia, 2011.

Augusto Cesar P. M. Lima – Equipe História Agora

sábado, 13 de julho de 2013

OS BEBÊS NO PERÍODO TUDOR:


O início da vida era uma fase perigosa no século XVI. Por volta de 25% das crianças morriam antes de seu quinto aniversário e até 40% morriam antes de seu 16 aniversário. O parto também era perigoso para as mulheres, fazendo com que muitas falecessem dando à luz.

Quando o bebê nascia, ele era lavado em uma bacia de água quente e depois para mantê-lo aquecido, era friccionado em sua pele manteiga ou óleos perfumados. O bebê era então enrolado em bandagens, pois havia uma crença de que elas preveniriam doenças e ajudariam seus ossos a se desenvolverem melhor.
Normalmente, o bebê era batizado dentro de alguns dias, pois o risco de morte era alta.

As mulheres Tudor comuns amamentavam seus bebês, mas as mulheres de classe alta ou nobreza entregavam seus bebês para serem amamentados por amas de leite cujo próprio bebê havia sido perdido ou desmamado cedo. Os bebês permaneciam nas bandagens até que tivessem 8 ou 9 meses (às vezes mais) e na maioria das vezes eram colocados para dormir em um berço de madeira. As crianças eram desmamadas entre 1 e 2 anos de idade e se seus pais pudessem pagar elas recebiam um pedaço de coral para mastigar e estimular o aparecimento da dentição (algo como o mordedor moderno). As crianças Tudor muitas vezes aprendiam a andar com uma moldura de madeira sobre rodas (equivalente ao andador moderno).

Os pais Tudors eram muito mais rigorosos com seus filhos que os pais de hoje. Havia uma crença religiosa que as crianças nasciam más e tinham que apanhar para que a maldade saísse delas. Há muitas evidências, no entanto, que os pais Tudors amavam e cuidavam de seus filhos se preocupando com eles e comprando brinquedos.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

A HIGIENE NA IDADE MÉDIA



Uma cidade medieval típica constava de uma praça, uma Igreja, uma prefeitura e várias casas imponentes de patrícios. Havia muitas casas de madeira da população mais pobre, que se concentrava densamente em ruelas estreitas, sem calçamento. A cidade era cercada por uma alta muralha. Dentro desses muros era mantido o gado, os artesãos e comerciantes que exerciam seus trabalhos.

Não havia canalizações. Os dejetos e águas residuais eram despreocupadamente atirados para as ruas ou despejados na sarjeta. Apenas na mudança da Era Medieval para os Tempos Modernos foram construídos poços públicos de água potável e aquedutos, e criadas as condições para a eliminação de efluentes e dejetos.



C.W - Equipe História Agora
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Referência: Daily Life in Medieval Europe; Greenwood Press

Imagem: Pintura de Pieter Brueghel, o velho - " Bauerntanz"

quarta-feira, 10 de julho de 2013

PREPARATIVOS PARA A COPA DO INTERIOR 2013

A 30 ª edição da Copa do Interior de Futebol Amador tem início no dia 28 de julho. O jogo de abertura da competição será entre as seleções de Carpina e Timbaúba, no estádio Municipal da cidade de Carpina. Este ano, 25 equipes participam do campeonato, e estão divididas em sete grupos.
Três grupos com três ligas e quatro grupos com quatro ligas, que confrontarão entre si em jogos de ida e volta. Ao final das partidas da primeira fase as duas melhores seleções de cada grupo, e mais duas seleções de melhor índice técnico passarão para a 2ª fase.  A primeira rodada da final acontece em 24 de novembro, o jogo de volta será no dia 1º de dezembro.
A grande novidade, este ano, será a premiação em dinheiro que a FPF dará ao campeão e ao vice-campeão da Copa. O troféu, deste ano, recebe o nome de Amaro Batista Ciriaco, uma homenagem ao pai do presidente da Liga de Carpina.
A Copa do Interior de Futebol Amador 2013 terá 128 partidas disputadas em 18 rodadas, divididas em sete grupos. Confira os grupos:

GRUPO “A”
GRUPO “B”
GRUPO “C”
GRUPO “D”
Olinda     Gravatá        Carpina       Passira
Igarassu    Lagoa de Itaenga      Camaragibe       Limoeiro
Goiana      Ipojuca      Paudalho       Surubim
     Timbaúba

GRUPO “E”
GRUPO “F”
GRUPO “G”
Belo Jardim   São Bento do Una  Afogados da Ingazeira
Sanharó   Lajedo  Sertania
Sta Cruz Capibaribe  Cachoeirinha  Arcoverde
Toritama  Palmares   Pesqueira

Confira a tabela do campeonato.

terça-feira, 9 de julho de 2013

RICARDO ENTREGA CASAS A MORADORES DA CIDADE

Aconteceu na manhã desta sexta-feira, dia 5, no Plenário da Câmara dos Vereadores a entrega das chaves de 30 casas do programa "Minha Casa Minha Vida", construídas em parceria com o município. O prefeito Ricardo Alves esteve acompanhado por vários secretários e vereadores na entrega dessas casas.

Durante a solenidade de entrega a emoção correu solta e vários beneficiários não aguentaram e foram às lágrimas por saber que a partir daquele momento teriam a certeza de ter a entrega das chaves do seu lar. Os assessores da prefeitura informaram que as famílias que foram retiradas das casas, por determinação da justiça, terão o direito de fazer parte do novo lote de residências que serão entregues posteriormente e serão beneficiadas com um aluguel social durante alguns meses.

Essas famílias que receberam as chaves na sexta eram as que já tinham sido contempladas no início do programa e por isso foram convidadas ao ato realizado na Câmara. Vale lembrar que essas famílias não podem alugar as casas, vender ou trocar e serão acompanhadas por algum tempo por fiscais da Secretaria de Assistência Social e também pelo Ministério Público, para não se desfazerem das mesmas. (Fonte: Blog Saloá).

MOURINHA RECUSA CACHÊ DA FUNDARPE

Mourinha do Forró, cantor garanhuense e defensor do autêntico forró pé de serra, preferiu ficar fora da edição deste ano do Festival de Inverno. O artista, que já se apresentou diversas vezes no FIG e em 2012 recebeu um cachê de R$ 10 mil por sua apresentação, desta vez ganharia apenas R$ 3 mil se aceitasse a proposta da Fundarpe.

O forrozeiro disse que outros colegas dele passaram pela mesma "humilhação" e também preferiram recusar o que consideram uma mixaria. "A Fundarpe desprestigiou os artistas de Garanhuns, infelizmente alguns se submetem a isso", disse Mourinha.

Ele pode não ser um Luiz Gonzaga ou Flávio José, mas o cachê realmente é pequeno. E não se justifica o cantor de um ano para o outro receber 70% a menos.

Mourinha tem vários discos e DVDs gravados e duas vezes se apresentou para Lula quando ele era presidente da República.
FONTE:ROBERTO ALMEIDA

Plebiscito e reforma política para aumentar protagonismo popular



Muitos comentaristas, na mídia conservadora, na oposição neoliberal, no Judiciário e mesmo em setores centristas da base do governo, têm proclamado a crise do governo Dilma Rousseff. E se referem, em apoio a esta tese, ao recuo na aprovação da presidenta registrado na pesquisa do Datafolha, feita no calor dos acontecimentos e, portanto, com uma previsível subavaliação do governo – aliás, de todos os governantes, em todos os níveis (municipal, estadual e federal).
É preciso rigor e ao mesmo tempo mais prudência na avaliação do que está acontecendo. Não se deve avaliar o conjunto da situação do governo por um momento de turbulência.
Este comentário é necessário para contrapor-se ao afã direitista de proclamar o “fim do governo Dilma”. Há de tudo, neste particular – desde aqueles que falam no “volta Lula” até os que, como ocorreu na reunião do PMDB realizada na noite desta terça-feira (2), em “abraço de afogado” e em romper a aliança que apoiará Dilma em 2014.
Todo esse diz que diz que tem apenas o objetivo de esconder, sob uma cortina de fumaça, o fato de que a presidenta roubou a cena ao propor, em sua fala aos governadores e prefeitos, no dia 24, a reforma política sobre a qual o Congresso, há duas décadas, não se entende. Para romper o impasse, Dilma quer ouvir o povo, através de um plebiscito.
Mexeu num vespeiro. O ordenamento político de um país é formado pelo conjunto de regras que definem a forma como o poder se distribui entre os vários personagens que se confrontam, e um apelo direto àquele que é a fonte originária do poder – o próprio povo – provoca temores nas forças conservadoras. A razão é simples: isto expõe, claramente, os limites dos que se proclamam “democratas”, mas defendem os privilégios das classes dominantes. Apelar diretamente ao povo é expor a nervura do sistema de poder existente. Daí o impasse duradouro na reforma política. Enquanto os partidos ligados ao povo, entre eles o PCdoB, querem um sistema que amplie o protagonismo popular e faça a democracia avançar, os conservadores querem travar esse desenvolvimento e pôr a salvo seus privilégios.
As dificuldades, assim, avolumam-se. Foi ao que se assistiu nesta terça-feira (2), depois que a presidenta enviou ao Congresso Nacional sua mensagem defendendo a convocação do plebiscito popular sobre a reforma política.
As reações são variadas, e interesseiras. No limite, elas incluem reações conservadoras para quem a questão é “complexa demais” para o entendimento popular, devendo ser deixada aos “especialistas”. É o velho argumento, sempre usado pelas elites brasileiras, de que “o povo não está preparado para votar”!
É deplorável que entre as forças empenhadas em prejudicar a tramitação da iniciativa presidencial estejam partidos que jogam papel decisivo na coalizão governamental.
A reação diz respeito a questões como o sistema eleitoral: proporcional, como é hoje, ou alguma distorção representada pelos vários tipos de sistema distrital (majoritário); ao financiamento público de campanha, que a direita não aceita e pretende preservar seu poder econômico nas eleições. Em editorial publicado nesta quarta-feira (3), o jornal Folha de S. Paulo é explícito e diz que “não faz sentido impedir que pessoas ou empresas colaborem com candidatos de sua escolha”.
Acumulam-se, ainda, os defensores de mudanças no sistema eleitoral, substituindo o voto proporcional para deputados federais, estaduais e para vereadores, pelo voto majoritário (o voto distrital), condenado nos vários países onde é usado hoje devido às graves distorções que provoca na representação da vontade popular manifesta nas urnas. No Brasil há uma dificuldade a mais para os conservadores que pretendem essa forma de eleição, que é mais favorável a seus interesses: sua implantação exige uma reforma constitucional que altere o artigo 45 da Constituição de 1988.
A reforma eleitoral de que o Brasil precisa é aquela que faça a democracia avançar, permitindo mais protagonismo popular, que é a alma da democracia. Qualquer reforma que implique manipular a vontade do eleitor manifestada nas urnas apenas agravará a crise de representação. Ao contrário, a mudança que torne mais transparente o exercício do poder e a representação apontará para o futuro – para a consolidação e o fortalecimento da democracia no Brasil.
Isto é o que está em jogo – os conservadores de todos os matizes querem perpetuar seus privilégios e defendem uma reforma política que seja um freio para a vontade popular. Os interesses populares, ao contrário, precisam de mais democracia e maior participação política. Daí a repulsa conservadora à consulta popular representada por um plebiscito onde o povo diga o que pretende para o ordenamento do sistema do exercício do poder no Brasil.

Editorial do Portal Vermelho

REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE 1932 – 9 DE JULHO


No dia 9 de julho começou a guerra em defesa da Assembléia Constituinte e de eleições democráticas. Pedro de Toledo enviou um telegrama a Getúlio Vargas; “Esgotados todos os meios que ao meu alcance estiveram, para evitar um movimento que acaba de verificar-se na guarnição desta região, ao qual aderiu o povo paulista, não me foi possível caminhar ao revés dos sentimentos do meu estado. Impossibilitado de continuar a cumprir o mandato que V.Exa. houve por bem confiar-me e que sempre procurei honrar, olhos fitos no interesse de São Paulo e do Brasil, venho renunciar ao cargo de interventor”.
Assim se iniciou um dos maiores conflitos bélicos na história brasileira do século XX. Foram mais de 85mil homens combatendo. O lado Federal possuía 55 mil soldados, enquanto a frente paulista contava com 30 mil soldados.


Fonte: Silva Hélio. 1932: a guerra paulista. Rio de Janeiro. Civilização Brasileira. 1967. P. 82.

Kacá Patricio – Equipe História Agora

segunda-feira, 8 de julho de 2013

O EPITÁFIO DE SEIKILOS


O texto é famoso por ser o mais antigo exemplo encontrado de uma composição musical completa, incluindo notação musical e letra no mundo ocidental. Uma melodia da música grega foi encontrada gravada em uma lápide perto de Aidin na Turquia (próximo a Éfeso). Também há na gravação a informação de que foi feita por certo Seikilos, para sua esposa, presumivelmente enterrada no local. Além da composição, foram encontradas estas inscrições:

“Eu sou um túmulo, um ícone. Seikilos me pôs aqui como um símbolo eterno da lembrança imortal.”

Pra quem ficou curioso, segue um trecho da tradução:
“Enquanto viveres, brilha
E de todo não te aflijas
A vida é curta
E o tempo cobra suas dívidas”

Hoson zés, pháinou
Medén hólos sý lýpou
Pros olígon estí to zén
To télos ho khrónos apaitéi


Acredita-se que a canção tenha sido composta por volta de 200 a.C., e embora existam notações mais antigas (os Hinos Délficos) são todos fragmentos, o epitáfio de Seikilos, mesmo que muito breve, é único que constitui de uma “partitura” completa de uma composição.

Na imagem: A pedra com a canção gravada, que hoje se encontra no Museu Nacional da Dinamarca.

domingo, 7 de julho de 2013

MARATONA DO FRIO LIGA GARANHUNS A CARUARU

A ultra maratona 100 km DO FRIO é uma corrida que está programada para acontecer no dia 04 de agosto de 2013, entre os municípios de Garanhuns e Caruaru.

A escolha do nome para essa ultra maratona se deve ao fato de existir uma programação cultural em Pernambuco denominada CIRCUITO DO FRIO, que acontece em algumas cidades de altitudes elevadas no interior do Estado.
Na primeira edição, em 2012, a largada aconteceu em Caruaru. Agora, em 2013, o percurso será invertido, com largada em Garanhuns (948 m de altitude) e chegada em Caruaru (600 m de altitude). Dessa forma, ficará instituído que, nos anos pares, a largada será em Caruaru (subindo) e, nos anos ímpares, será em Garanhuns (descendo).

Para a edição de 2013, a largada acontecerá às 04h da madrugada, em frente ao Parque Euclides Dourado (Garanhuns/PE). Os atletas percorrerão as principais ruas do centro da cidade e depois seguirão pela BR 423, passando pelos municípios de Jupi (km 25 da prova), Lajedo (km 38), Cachoeirinha (km 59) e São Caetano (km 80).

Depois, os atletas seguirão para Caruaru pela BR 232 até o Campus da FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU (km 100), local da chegada, situado à margem direita da BR 104, onde os atletas serão recebidos pelos familiares e amigos.

Essa prova foi concebida para os atletas que gostam de desafiar os limites do corpo e da mente. Como cada um conhece os seus limites e todos estão convidados para participar desse desafio, a ACORJA criou três categorias:

SOLO – O corredor fará sozinho os 100 km entre os municípios de Garanhuns e Caruaru;

DUPLA – Cada corredor deverá fazer 50 km, sendo essa distância dividida em dois trechos alternados de 25 km. Por exemplo: CORREDOR A – trecho 1 e 3; CORREDOR B – trecho 2 e 4.

QUARTETO – Cada corredor da equipe deverá correr trechos completos de25 km;

Cada atleta ou equipe deverá se responsabilizar por todos os custos como: deslocamento, carro de apoio, estadia, abastecimento e alimentação, entre outras coisas.

As inscrições serão realizadas no site do CORRE10 (http://corre10.ne10.uol.com.br) e poderão ser efetuadas até o dia 15 de julho de 2013 - Valor: 70,00 (+ taxa de conveniência) R$ por atleta.

As inscrições vão custear as despesas da organização, camisas do evento, os números de peito e os troféus que cada atleta irá receber ao concluir a prova. A ACORJA não tem como objetivo alcançar resultados financeiros com essa corrida. Apenas estimular o gosto pelo esporte e a obtenção de melhor qualidade de vida e integração entre os corredores da região. (Material enviado ao blog pelo professor Gilmar Farias, da UFPE).

sábado, 6 de julho de 2013

A GUERRA DO CONTESTADO


No início do século XX, entre 1912 e 1916, a Guerra do Contestado estourou em uma região disputada pelos estados de Santa Catarina e Paraná.

Um conflito que envolveu diretamente a população dos dois estados - sertanejos que estavam sendo explorados pelos poderosos coronéis e sendo violentamente expulsos de seus territórios pelas empresas Brazil Railway Company e Lumber Development and Colonization Company - trazendo à tona a questão de limites que de 1853 à 1916 envolveu os dois estados numa briga que, em muitos momentos, excedeu o âmbito judicial.
Originada nos problemas sociais, decorrentes principalmente da falta de regularização da posse de terras e da insatisfação da população hipossuficiente, numa região em que a presença do poder público era pífia, o embate foi agravado ainda pelo fanatismo religioso, expresso pelo messianismo e pela crença, por parte dos caboclos revoltados, de que se tratava de uma guerra santa.

A região fronteiriça entre os estados do Paraná e Santa Catarina recebeu o nome de Contestado devido ao fato de que os agricultores contestaram a doação que o governo brasileiro fez aos madeireiros e à Southern Brazil Lumber & Colonization Company. Como foi uma região de muitos conflitos, ficou conhecida como Contestado, por ser uma região de disputas de limites entre os dois estados brasileiros.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Júlio César (“Iulius Caesar”)


O mês de Julho deve o seu nome a Júlio César (“Iulius Caesar”), general, estadista, orador, historiador, legislador e ditador romano. Foi um dos homens mais cultos de seu tempo e um dos maiores chefes militares de toda história. Seu nome viria a tornar-se título honorífico dos imperadores romanos.

Imagem: Estátua de Júlio César, de Nicolas Coustou
Palácio das Tulherias, Paris.

Via: Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas
As suas conquistas na Gália estenderam o domínio romano até o oceano Atlântico: um feito de consequências dramáticas na história daEuropa. No fim da vida, lutou numa guerra civil com a facção conservadora do senado romano, cujo líder era Pompeu. Depois da derrota dosoptimates, tornou-se ditador (no conceito romano do termo) vitalício e iniciou uma série de reformas administrativas e econômicas em Roma.
O seu assassinato nos idos de Março de 44 a.C. por um grupo de senadores travou o seu trabalho e abriu caminho a uma instabilidade política que viria a culminar no fim da República e início do Império Romano. Os feitos militares de César são conhecidos através do seu próprio punho e de relatos de autores como Suetónio e Plutarco.Caio Júlio César nasceu em Roma no seio de uma antiga família de patrícios chamada Iulius (pronuncia-se Julius), traduzindo para oportuguêsJúlio, de acordo com a convenção romana de nomes. A sua ascendência, de acordo com a lenda, chegava a Iulus, filho do príncipe troiano Eneias e neto da deusa Vênus.1 No auge do seu poder, César iniciou a construção de um templo a Venus Genetrix em Roma, em reconhecimento da sua "divina" antepassada. O seu pai era o homónimo Caio Júlio César e a sua mãe Aurélia, pertencia a também família patríciaCottae, traduzindo para o português seria: Cottas. Enquanto jovem, Caio Júlio viveu no Subura, bairro de classe média de Roma.
cognome "César" se originou, de acordo com Plínio, o Velho, com um antepassado que nasceu por cesariana (do verbo latino para cortar, caedere,caes-).2 nota 4 A História Augusta sugere três explicações alternativas: que o primeiro César tinha uma cabeça cheia de cabelos (do latim caesaries); que ele tinha brilhantes olhos cinzentos (do latim oculis caesiis), ou que ele matou um elefante (caesai em mouro) na batalha.3 César emitiu moedas com imagens de elefantes, sugerindo que ele favoreceu esta interpretação do seu nome.4
Os Iulii (Julii), em portuguêsJúlios, embora aristocratas, não eram ricos para os padrões da aristocracia romana da época e por este motivo, nem o seu pai nem o seu avô atingiram cargos proeminentes na república. A sua tia paterna Júlia casou com o talentoso general e reformador Caio Mário, líder da facção populista do senado, os populares, por oposição aos optimates (conservadores). Para o fim da vida de Mário, as disputas internas entre as duas facções haviam chegado ao ponto de ruptura. Em 86 a.C., iniciou-se uma guerra civil interna, cujo resultado a longo prazo foi a ditadura (conceito romano do termo) de Lúcio Cornélio Sula.
César estava ligado ao lado derrotado de Mário por laços familiares: não só era seu sobrinho, como era também casado com Cornélia Cinila, filha de Lúcio Cornélio Cina, aliado de Mário e inimigo de Sula. A sua situação não era portanto das melhores. Sila ordenou o seu divórcio de Cornélia, mas César recusou abandonar a jovem mulher e fugiu de Roma para evitar as perseguições. O ditador ficou desagradado com o desafio mostrado pelo jovem de vinte anos mas poupou a vida de César, divertido pelo caráter do rapaz, dizendo "Há muitos Mários neste César" (conforme Suetônio). Mas apesar do perdão de Sila, César decidiu não ficar em Roma, partindo para aprovíncia romana da Ásia para realizar o seu serviço militar. Durante a campanha ao serviço de Lúcio Licínio Lúculo na Cilícia, César distinguiu-se pela sua bravura em combate e capacidades de liderança.
Depois da morte de Lúcio Cornélio Sula em 78 a.C., César regressou a Roma, iniciou a carreira como advogado no Fórum Romano e tornou-se conhecido pela sua brilhante oratória. As suas principais vítimas foram os políticos corruptos e culpados de extorsão. Com o perfeccionismo que sempre o caracterizou, César não estava contente consigo e viajou para Rodes para estudar filosofia e retórica com o gramático Apolônio Molo. Mas durante a sua viagem, o seu barco foi abordado por piratas que o raptaram. Quando exigiram um resgate de vinte talentos de ouro, César desafiou-os a pedir cinquenta, uma fortuna mesmo em moeda actual. Trinta e oito dias depois, o resgate chegou e César foi libertado depois de um cativeiro confortável onde fez amizade com alguns dos captores. De regresso à liberdade, organizou uma força naval, capturou o refúgio dos piratas e ordenou a sua crucificação.
Em 69 a.C., Cornélia morreu ao dar à luz um natimorto. Pouco depois César perdeu a tia Júlia, viúva de Mário, de quem era muito próximo. Ao contrário do que era costume, César insistiu em organizar funerais públicos para ambas, com direito a eulogias proferidas da rostra. O funeral de Júlia foi repleto de conotações políticas, visto que César fez incluir a máscara funerária de Caio Mário na procissão, a primeira contestação pública das leis de proscrição de Sila da década anterior. E apesar de ser público o afecto de César pelas duas mulheres (cf.Suetônio), houve quem interpretasse a atitude como propaganda para as eleições que se avizinhavam para o cargo de questor.

GOVERNO OFERECE CURSOS TÉCNICOS GRATUITOS

Com o objetivo de contribuir para a inserção do jovem e do adulto no mundo do trabalho por meio da execução de ações de formação e qualificação profissional, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC) inscreve até esta sexta-feira, cinco de julho, estudantes matriculados no 2º ou 3º ano do Ensino Médio na rede pública estadual que tenham interesse em concorrer a vagas para cursos Técnicos de Nível Médio gratuitos.

A oportunidade oferece um total de 2.432 vagas para todo o Estado de Pernambuco. Em Garanhuns, os estudantes podem concorrer a vagas nos cursos de Segurança no Trabalho, Técnico em Administração, Técnico de Transações Imobiliárias, Técnico em Contabilidade e Técnico em Enfermagem, ministrados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), instituições parceiras do programa.

O critério de seleção, principal novidade dessa edição do programa, levará em conta o rendimento escolar nas disciplinas de português e matemática.As inscrições podem ser feitas exclusivamente pela internet através do endereço www.educacao.pe.gov.br. A lista com o nome dos aprovados será divulgada no dia 09 de julho deste ano através do mesmo endereço eletrônico. O cronograma completo e a descrição de todas as etapas de seleção podem ser visualizados no Edital da Seleção (em anexo).

Fonte: Assessoria de Comunicação / GRE Agreste Meridional

Senado também aprova 75% dos royalties e 50% do pré-sal na Educação


Zé Mota Valença da TV SBUNA. Na noite desta terça (02), a educação brasileira conquistou mais uma importante conquista. Desta vez, foi o plenário do Senado que também aprovou a destinação de 75% dos royalties do petróleo e 50% do pré-sal para o ensino público.
O texto que o Senado aprovou já havia sido votado e aprovado também na Câmara dos Deputados, na semana passada. Inicialmente o texto apresentado na Câmara era que 100% dos royalties fossem para a educação, conforme a UNE (União Nacional dos Estudantes), UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), e diversos movimentos estudantis e sociais, como a própria UJS, defendem desde 2010. Essa proposta visa dar subsídios para que até 2020 o país passe a investir 10% do PIB na educação (hoje é em média 5,1%).
Na Câmara, os deputados acabaram fazendo uma divisão dos royalties, deixando 25% para a saúde pública, enquanto os restantes seriam aplicados na educação. Agora, após ser aprovado no Senado, o texto volta para a análise da Câmara.
Na proposta apresentada, o Senado fez algumas alterações, entre elas, está a que já passe a investir os recursos obtidos com a produção de petróleo dos contratos assinados após 3 de dezembro do ano passado. Porém isso vale somente para os royalties que cabem à União. Nesses contratos, estados e municípios ficam liberados para gastar em outras áreas.
O texto também inclui as receitas dos estados, Distrito Federal e municípios provenientes dos royalties e da participação especial, além de 50% dos rendimentos dos recursos recebidos pelo Fundo Social, criado pela Lei 12.351/2010. As receitas da União serão distribuídas de forma prioritária aos estados, Distrito Federal e municípios que determinarem a aplicação dos royalties e de participação especial com a mesma destinação exclusiva.
As receitas dos estados poderão ser aplicadas no custeio de despesas com manutenção e desenvolvimento do ensino, especialmente na educação básica de tempo integral, inclusive as relativas a pagamento de salários e outras verbas de natureza remuneratória a profissionais do magistério em efetivo exercício na rede pública, limitado a 60% do total.
A União, estados, Distrito Federal e municípios aplicarão os recursos oriundos do Fundo Social no montante de 75% em educação e de 25% em saúde. Dos recursos dos royalties e da participação especial destinados à União, provenientes de campos do pré-sal, 50% serão destinados à educação pública, até que sejam cumpridas as metas estabelecidas no Plano Nacional de Educação (PNE), em discussão no Senado. Os outros 50% serão destinados ao Fundo Social.
A principal mudança que o Senado fez com o aval do governo, na avaliação do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, foi a destinação direta de 50% dos royalties do pré-sal para a educação, e não para o Fundo Social. Já a metade dos rendimentos do Fundo Social, e não de seu capital, como estabelecia o texto aprovado na Câmara, será distribuída na proporção de 75% para educação e 25% para a saúde.

Redação com Agência Senado

Reformulação do Ensino Médio: UBES considera clima favorável para mudanças

Zé Mota Valença da TV SBUNA.  A Comissão Especial sobre Reformulação do Ensino Médio realizou audiência pública com representantes de estudantes e da juventude. Manuela Braga, presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), afirmou que há um clima favorável para mudanças.
“Existe hoje um grande consenso de que o ensino médio precisa mudar, de uma grande reforma que discuta o conteúdo, o número de disciplinas. Hoje, por exemplo, tem estado que tem 19 disciplinas de ensino médio. A infraestrutura da escola, hoje a gente tem no Brasil inteiro menos de 40% das escolas que possuam laboratório de informática ou biblioteca. Então, a gente não está falando de um laboratório de física ou química, o que é importante, mas dos laboratórios básicos para a aprendizagem, pois menos da metade das escolas brasileiras que tem.”
A vice-presidente do Conselho Nacional da Juventude, Conjuve, Ângela Guimarães, também enfatizou a convergência das ideias e o momento político vivido no Brasil, com manifestações, principalmente dos jovens, cobrando mais direitos e participação nas decisões do governo e do Parlamento.
O presidente da comissão, deputado Reginaldo Lopes, do PT mineiro, disse que as manifestações podem impulsionar a aprovação de leis que reformulem o ensino médio.
“O que é reformular o ensino médio? Reformular pedagogicamente. Nós temos um diagnóstico de que das etapas educacionais do sistema brasileiro, que é um sistema integrado que dialoga em todas as etapas, você tem uma etapa que perdeu o papel, que é o mais frágil de todas as etapas, que é o ensino médio. E as vozes das ruas estão exigindo o que a gente está discutindo há mais de um ano, ou seja, precisa ter mais qualidade, mais direitos. E em busca de dar mais direitos, é melhorar a qualidade da educação.”
“Não existe uma receita de bolo. Eu acho que a única fórmula, a única receita certa da educação é a forma de construção. Por exemplo, nós temos uma escola que, por mais que ela esteja ali num longínquo interior do Brasil, se o modelo pedagógico dela for construído por estudante, professor e funcionário, para ser completamente diferente de uma capital grande, como São Paulo, ela pode ter resultados melhores por causa da construção coletiva