domingo, 14 de julho de 2013

FILINTO MULLER – O HOMEM DE CONFIANÇA DE GETÚLIO VARGAS


Nascia em Cuiabá (MT) no dia 11 de Junho de 1900, uma das figuras mais temidas do Distrito federal: Filinto Muller, o Chefe de Polícia do Distrito federal (a polícia era então chamada de "cabeças de tomate", e ganharam esse apelido da população pela farda cáqui e o quepe vermelho que usavam. Essa força chegou a contar com 500 homens no Distrito Federal) de 1933 até 1942.
Era conhecido por andar com um quebra-nozes no bolso do paletó, que utilizava para quebrar os dedos dos presos, enquanto eram torturados para falarem. Estima-se que 20.000 pessoas foram detidas nesse período no Distrito Federal. Homem de confiança de Getúlio Vargas, atuava tanto no combate a integrantes da esquerda como de Integrantes da AIB (ação Integralista Brasileira), com fortes ligações e admiração pela Alemanha Nazista. Era assíduo frequentador da residência do Embaixador Alemão, situada na época em Santa Teresa e mantinha ligações inclusive com a GESTAPO alemã. Foi quem comandou a operação que prendeu Olga Benário e Luis Carlos prestes na fracassada Intentona Comunista de 1935.

Filinto Muller também participou ativamente no combate aos revoltosos da Revolução de 32 em São Paulo. Vargas costumava referir-se a ele como: “Incansável, sereno e persistente, obtendo resultados felizes sem necessidade de excessos”. É claro que a oposição do Estado Novo não concordava muito com isso.

Em 1942 cresce as pressões populares para que o Brasil declare guerra às potências do Eixo, e em julho desse mesmo ano a UNE, juntamente com vários sindicatos organizou um grande comício defendendo a entrada do Brasil na guerra. Filinto Muller se opôs ao comício entrando em choque com Oswaldo Aranha (que sempre foi pro-EUA e defendia a entrada do Brasil na guerra). Acabou afastado do cargo e de todas as funções no gabinete de Vargas (não havia mais clima para um defensor aberto da Alemanha com o Brasil em guerra contra o Eixo). Posteriormente foi eleito Senador por Mato Grosso por 4 mandatos consecutivos e foi presidente da ARENA (partido da base de sustentação do Regime Militar). Morreu em um acidente aéreo em 11 de julho de 1973 (conhecido voo Varig RG-820, em que 123 pessoas morreram, e contou com apenas 11 sobreviventes). Filinto Muller recebeu diversas condecorações do Estado Brasileiro e um dos salões do Senado tem seu nome como homenagem póstuma.


Referencias: LIMA, Augusto Cesar Pimentel do Monte. PORQUE A COBRA FUMOU. O Ambiente Politico, Declaração de Guerra e a Criação da FEB. Trabalho de Conclusão de curso (graduação em Historia), Universidade Federal Fluminese, Instituto de Ciencias Humanas e Filosofia, 2011.

Augusto Cesar P. M. Lima – Equipe História Agora

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