O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) divulgou em seu portal na internet os dados do investimento público em educação de 2000 a 2010. As estatísticas apresentadas demonstram que o investimento público alcançou 5,1% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2010 – aumento de 1,1 ponto percentual nos últimos dez anos.
Desde o início da série histórica produzida pelo Inep, o patamar do investimento público em educação em relação ao PIB cresceu de 3,9% em 2000 para 5,1% em 2010. Isso significa que, em uma década, o Brasil ampliou em 1,2 ponto percentual do PIB os recursos aplicados em educação.
Em 2010, o patamar ficou praticamente em relação ao ano anterior, pois o crescimento foi de 0,1 ponto percentual. Os dados serviram de instrumento para entidades, como a União Nacional dos Estudantes, reforçarem a defesa da proposta da aplicação de 10% do PIB em educação.
A definição vai se dar na aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE), que está em tramitação na Câmara dos Deputados. O projeto apresentado pelo governo previa o aumento dos gastos em educação até que se atinja 7% do PIB no prazo de dez anos – um incremento de 1,9 ponto percentual em relação ao patamar atual.
Este percentual já foi ampliado para 8%, número que consta no relatório do deputado federal Ângelo Vanhoni (PT-PR), após um acordo fechado com a liderança do governo na Casa. Os trabalhos da comissão especial que analisa o PNE, e que tem Vanhoni como relator, serão retomados logo após o fim do recesso parlamentar.
Une reforça luta pelos 10%
Segundo o presidente da UNE, Daniel Iliescu, “os números divulgados pelo Inep mostram a falta de ousadia e prioridade colocada pelo governo, já que o Brasil ampliou apenas 1,2% os recursos do PIB em educação em 10 anos. A UNE organiza uma campanha nacional em defesa dos 10% do PIB até 2014, o que nos colocaria em outro patamar mundial”.
O estudante considera que quando se trata de educação, o Brasil precisa avançar com mais ousadia e em um ritmo mais acelerado. “Lutamos pela aplicação dos 10% para que o investimento em educação seja tratado como prioridade para o país. Parece que o governo ainda não está convencido disso”, afirmou o presidente.
Daniel afirma com só com o investimento deste percentual [10%], “poderemos pagar salários melhores aos professores, melhorar a qualidade, ampliar as bolsas de pesquisa, erradicar o analfabetismo e ampliar as vagas e o acesso ao ensino superior com mais assistência estudantil”.
Fonte: Por Kerison Lopes no Vermelho
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