sexta-feira, 13 de maio de 2011

LIXO VII – NEM MORTO ESCAPA DO DESCASO E DA SUJEIRA DE SÃO BENTO DO UNA
Li certa vez, em uma crônica, que o desrespeito para com os mortos é o primeiro sinal da degeneração completa de uma sociedade prestes a desmoronar. Analisando todas as grandes civilizações, antes de seu desaparecimento, demonstraram desrespeito e descuido para com os mortos; basta ver egípcios, incas, maias e astecas: em suas épocas de glória constroem grandes pirâmides, majestosos túmulos e mausoléis; e na sua decadência, descuidam-se desta grande pompa e deferência para com os falecidos, que um dia demonstraram.

O que acontece em São Bento do Una, nada mais é do que reflexo disso: uma forma desumana de "desumanizar" a sociedade (redundância proposital). E o desrespeito para com os mortos é um sinal claríssimo de uma sociedade degenerada, que perde sua bússola moral; em nossa sociedade o Cristianismo.

O Cristianismo tem a morte como o caminho para Deus; Cristo, morrendo, abre com Sua Morte as portas do Céu; a morte ganha um novo significado, um significado redentor e de união com Deus. A perda deste significado - provocada pela inimizade para com o Cristianismo - provoca o que acontece aqui neste exato momento: profanação de túmulos e decadência moral.

Por que acham que nazistas enterravam milhares de mortos em valas comuns, amontoando uns em cima dos outros, sem nenhum respeito pelos corpos que um dia já portaram vida? Os motivos são exatamente os mesmos.

O respeito que se deve a vida, se deve a morte, pois a mesma (morte) até guerras cessou, podemos citar aqui a guerra de Tróia, onde o Rei Príamo, após a morte de seu filho Heitor, por Aquiles, vai até o executor do filho, se ajoelha e pede o corpo do falecido Heitor, e uma trégua, para enterrar o filho e esperar o luto, e Aquiles em nome da memória de todos os antepassados, concede a trégua e devolve o corpo de Heitor, parando a guerra por três dias para que todos enterrassem os seus e por eles chorassem.

Quando nos permitimos que a memória dos nossos parentes, amigos e conterrâneos, seja tão mal tratada e desrespeitada com esse abandono injustificado, nós manchamos o nome deles e aos poucos iniciamos a coisa mais triste de uma sociedade, o esquecimento do nosso passado, de quem fomos e quem somos, e sem saber estas coisas não saberemos quem seremos.

























































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