sábado, 6 de julho de 2013

A GUERRA DO CONTESTADO


No início do século XX, entre 1912 e 1916, a Guerra do Contestado estourou em uma região disputada pelos estados de Santa Catarina e Paraná.

Um conflito que envolveu diretamente a população dos dois estados - sertanejos que estavam sendo explorados pelos poderosos coronéis e sendo violentamente expulsos de seus territórios pelas empresas Brazil Railway Company e Lumber Development and Colonization Company - trazendo à tona a questão de limites que de 1853 à 1916 envolveu os dois estados numa briga que, em muitos momentos, excedeu o âmbito judicial.
Originada nos problemas sociais, decorrentes principalmente da falta de regularização da posse de terras e da insatisfação da população hipossuficiente, numa região em que a presença do poder público era pífia, o embate foi agravado ainda pelo fanatismo religioso, expresso pelo messianismo e pela crença, por parte dos caboclos revoltados, de que se tratava de uma guerra santa.

A região fronteiriça entre os estados do Paraná e Santa Catarina recebeu o nome de Contestado devido ao fato de que os agricultores contestaram a doação que o governo brasileiro fez aos madeireiros e à Southern Brazil Lumber & Colonization Company. Como foi uma região de muitos conflitos, ficou conhecida como Contestado, por ser uma região de disputas de limites entre os dois estados brasileiros.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Júlio César (“Iulius Caesar”)


O mês de Julho deve o seu nome a Júlio César (“Iulius Caesar”), general, estadista, orador, historiador, legislador e ditador romano. Foi um dos homens mais cultos de seu tempo e um dos maiores chefes militares de toda história. Seu nome viria a tornar-se título honorífico dos imperadores romanos.

Imagem: Estátua de Júlio César, de Nicolas Coustou
Palácio das Tulherias, Paris.

Via: Museu Arqueológico de São Miguel de Odrinhas
As suas conquistas na Gália estenderam o domínio romano até o oceano Atlântico: um feito de consequências dramáticas na história daEuropa. No fim da vida, lutou numa guerra civil com a facção conservadora do senado romano, cujo líder era Pompeu. Depois da derrota dosoptimates, tornou-se ditador (no conceito romano do termo) vitalício e iniciou uma série de reformas administrativas e econômicas em Roma.
O seu assassinato nos idos de Março de 44 a.C. por um grupo de senadores travou o seu trabalho e abriu caminho a uma instabilidade política que viria a culminar no fim da República e início do Império Romano. Os feitos militares de César são conhecidos através do seu próprio punho e de relatos de autores como Suetónio e Plutarco.Caio Júlio César nasceu em Roma no seio de uma antiga família de patrícios chamada Iulius (pronuncia-se Julius), traduzindo para oportuguêsJúlio, de acordo com a convenção romana de nomes. A sua ascendência, de acordo com a lenda, chegava a Iulus, filho do príncipe troiano Eneias e neto da deusa Vênus.1 No auge do seu poder, César iniciou a construção de um templo a Venus Genetrix em Roma, em reconhecimento da sua "divina" antepassada. O seu pai era o homónimo Caio Júlio César e a sua mãe Aurélia, pertencia a também família patríciaCottae, traduzindo para o português seria: Cottas. Enquanto jovem, Caio Júlio viveu no Subura, bairro de classe média de Roma.
cognome "César" se originou, de acordo com Plínio, o Velho, com um antepassado que nasceu por cesariana (do verbo latino para cortar, caedere,caes-).2 nota 4 A História Augusta sugere três explicações alternativas: que o primeiro César tinha uma cabeça cheia de cabelos (do latim caesaries); que ele tinha brilhantes olhos cinzentos (do latim oculis caesiis), ou que ele matou um elefante (caesai em mouro) na batalha.3 César emitiu moedas com imagens de elefantes, sugerindo que ele favoreceu esta interpretação do seu nome.4
Os Iulii (Julii), em portuguêsJúlios, embora aristocratas, não eram ricos para os padrões da aristocracia romana da época e por este motivo, nem o seu pai nem o seu avô atingiram cargos proeminentes na república. A sua tia paterna Júlia casou com o talentoso general e reformador Caio Mário, líder da facção populista do senado, os populares, por oposição aos optimates (conservadores). Para o fim da vida de Mário, as disputas internas entre as duas facções haviam chegado ao ponto de ruptura. Em 86 a.C., iniciou-se uma guerra civil interna, cujo resultado a longo prazo foi a ditadura (conceito romano do termo) de Lúcio Cornélio Sula.
César estava ligado ao lado derrotado de Mário por laços familiares: não só era seu sobrinho, como era também casado com Cornélia Cinila, filha de Lúcio Cornélio Cina, aliado de Mário e inimigo de Sula. A sua situação não era portanto das melhores. Sila ordenou o seu divórcio de Cornélia, mas César recusou abandonar a jovem mulher e fugiu de Roma para evitar as perseguições. O ditador ficou desagradado com o desafio mostrado pelo jovem de vinte anos mas poupou a vida de César, divertido pelo caráter do rapaz, dizendo "Há muitos Mários neste César" (conforme Suetônio). Mas apesar do perdão de Sila, César decidiu não ficar em Roma, partindo para aprovíncia romana da Ásia para realizar o seu serviço militar. Durante a campanha ao serviço de Lúcio Licínio Lúculo na Cilícia, César distinguiu-se pela sua bravura em combate e capacidades de liderança.
Depois da morte de Lúcio Cornélio Sula em 78 a.C., César regressou a Roma, iniciou a carreira como advogado no Fórum Romano e tornou-se conhecido pela sua brilhante oratória. As suas principais vítimas foram os políticos corruptos e culpados de extorsão. Com o perfeccionismo que sempre o caracterizou, César não estava contente consigo e viajou para Rodes para estudar filosofia e retórica com o gramático Apolônio Molo. Mas durante a sua viagem, o seu barco foi abordado por piratas que o raptaram. Quando exigiram um resgate de vinte talentos de ouro, César desafiou-os a pedir cinquenta, uma fortuna mesmo em moeda actual. Trinta e oito dias depois, o resgate chegou e César foi libertado depois de um cativeiro confortável onde fez amizade com alguns dos captores. De regresso à liberdade, organizou uma força naval, capturou o refúgio dos piratas e ordenou a sua crucificação.
Em 69 a.C., Cornélia morreu ao dar à luz um natimorto. Pouco depois César perdeu a tia Júlia, viúva de Mário, de quem era muito próximo. Ao contrário do que era costume, César insistiu em organizar funerais públicos para ambas, com direito a eulogias proferidas da rostra. O funeral de Júlia foi repleto de conotações políticas, visto que César fez incluir a máscara funerária de Caio Mário na procissão, a primeira contestação pública das leis de proscrição de Sila da década anterior. E apesar de ser público o afecto de César pelas duas mulheres (cf.Suetônio), houve quem interpretasse a atitude como propaganda para as eleições que se avizinhavam para o cargo de questor.

GOVERNO OFERECE CURSOS TÉCNICOS GRATUITOS

Com o objetivo de contribuir para a inserção do jovem e do adulto no mundo do trabalho por meio da execução de ações de formação e qualificação profissional, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC) inscreve até esta sexta-feira, cinco de julho, estudantes matriculados no 2º ou 3º ano do Ensino Médio na rede pública estadual que tenham interesse em concorrer a vagas para cursos Técnicos de Nível Médio gratuitos.

A oportunidade oferece um total de 2.432 vagas para todo o Estado de Pernambuco. Em Garanhuns, os estudantes podem concorrer a vagas nos cursos de Segurança no Trabalho, Técnico em Administração, Técnico de Transações Imobiliárias, Técnico em Contabilidade e Técnico em Enfermagem, ministrados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC) e Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), instituições parceiras do programa.

O critério de seleção, principal novidade dessa edição do programa, levará em conta o rendimento escolar nas disciplinas de português e matemática.As inscrições podem ser feitas exclusivamente pela internet através do endereço www.educacao.pe.gov.br. A lista com o nome dos aprovados será divulgada no dia 09 de julho deste ano através do mesmo endereço eletrônico. O cronograma completo e a descrição de todas as etapas de seleção podem ser visualizados no Edital da Seleção (em anexo).

Fonte: Assessoria de Comunicação / GRE Agreste Meridional

Senado também aprova 75% dos royalties e 50% do pré-sal na Educação


Zé Mota Valença da TV SBUNA. Na noite desta terça (02), a educação brasileira conquistou mais uma importante conquista. Desta vez, foi o plenário do Senado que também aprovou a destinação de 75% dos royalties do petróleo e 50% do pré-sal para o ensino público.
O texto que o Senado aprovou já havia sido votado e aprovado também na Câmara dos Deputados, na semana passada. Inicialmente o texto apresentado na Câmara era que 100% dos royalties fossem para a educação, conforme a UNE (União Nacional dos Estudantes), UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), e diversos movimentos estudantis e sociais, como a própria UJS, defendem desde 2010. Essa proposta visa dar subsídios para que até 2020 o país passe a investir 10% do PIB na educação (hoje é em média 5,1%).
Na Câmara, os deputados acabaram fazendo uma divisão dos royalties, deixando 25% para a saúde pública, enquanto os restantes seriam aplicados na educação. Agora, após ser aprovado no Senado, o texto volta para a análise da Câmara.
Na proposta apresentada, o Senado fez algumas alterações, entre elas, está a que já passe a investir os recursos obtidos com a produção de petróleo dos contratos assinados após 3 de dezembro do ano passado. Porém isso vale somente para os royalties que cabem à União. Nesses contratos, estados e municípios ficam liberados para gastar em outras áreas.
O texto também inclui as receitas dos estados, Distrito Federal e municípios provenientes dos royalties e da participação especial, além de 50% dos rendimentos dos recursos recebidos pelo Fundo Social, criado pela Lei 12.351/2010. As receitas da União serão distribuídas de forma prioritária aos estados, Distrito Federal e municípios que determinarem a aplicação dos royalties e de participação especial com a mesma destinação exclusiva.
As receitas dos estados poderão ser aplicadas no custeio de despesas com manutenção e desenvolvimento do ensino, especialmente na educação básica de tempo integral, inclusive as relativas a pagamento de salários e outras verbas de natureza remuneratória a profissionais do magistério em efetivo exercício na rede pública, limitado a 60% do total.
A União, estados, Distrito Federal e municípios aplicarão os recursos oriundos do Fundo Social no montante de 75% em educação e de 25% em saúde. Dos recursos dos royalties e da participação especial destinados à União, provenientes de campos do pré-sal, 50% serão destinados à educação pública, até que sejam cumpridas as metas estabelecidas no Plano Nacional de Educação (PNE), em discussão no Senado. Os outros 50% serão destinados ao Fundo Social.
A principal mudança que o Senado fez com o aval do governo, na avaliação do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, foi a destinação direta de 50% dos royalties do pré-sal para a educação, e não para o Fundo Social. Já a metade dos rendimentos do Fundo Social, e não de seu capital, como estabelecia o texto aprovado na Câmara, será distribuída na proporção de 75% para educação e 25% para a saúde.

Redação com Agência Senado

Reformulação do Ensino Médio: UBES considera clima favorável para mudanças

Zé Mota Valença da TV SBUNA.  A Comissão Especial sobre Reformulação do Ensino Médio realizou audiência pública com representantes de estudantes e da juventude. Manuela Braga, presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), afirmou que há um clima favorável para mudanças.
“Existe hoje um grande consenso de que o ensino médio precisa mudar, de uma grande reforma que discuta o conteúdo, o número de disciplinas. Hoje, por exemplo, tem estado que tem 19 disciplinas de ensino médio. A infraestrutura da escola, hoje a gente tem no Brasil inteiro menos de 40% das escolas que possuam laboratório de informática ou biblioteca. Então, a gente não está falando de um laboratório de física ou química, o que é importante, mas dos laboratórios básicos para a aprendizagem, pois menos da metade das escolas brasileiras que tem.”
A vice-presidente do Conselho Nacional da Juventude, Conjuve, Ângela Guimarães, também enfatizou a convergência das ideias e o momento político vivido no Brasil, com manifestações, principalmente dos jovens, cobrando mais direitos e participação nas decisões do governo e do Parlamento.
O presidente da comissão, deputado Reginaldo Lopes, do PT mineiro, disse que as manifestações podem impulsionar a aprovação de leis que reformulem o ensino médio.
“O que é reformular o ensino médio? Reformular pedagogicamente. Nós temos um diagnóstico de que das etapas educacionais do sistema brasileiro, que é um sistema integrado que dialoga em todas as etapas, você tem uma etapa que perdeu o papel, que é o mais frágil de todas as etapas, que é o ensino médio. E as vozes das ruas estão exigindo o que a gente está discutindo há mais de um ano, ou seja, precisa ter mais qualidade, mais direitos. E em busca de dar mais direitos, é melhorar a qualidade da educação.”
“Não existe uma receita de bolo. Eu acho que a única fórmula, a única receita certa da educação é a forma de construção. Por exemplo, nós temos uma escola que, por mais que ela esteja ali num longínquo interior do Brasil, se o modelo pedagógico dela for construído por estudante, professor e funcionário, para ser completamente diferente de uma capital grande, como São Paulo, ela pode ter resultados melhores por causa da construção coletiva

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Pra quê 10% do PIB para Educação?

Muita gente (mas muita gente mesmo) tem ido às ruas e às redes em manifestações populares para reivindicar diversas pautas. Uma das que você já deve ter ouvido a muito tempo e continua ouvindo é a “briga” dos estudantes por 10% do PIB para Educação, 100% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo do Pré-sal para educação. Mas a dúvida é: o que significa tudo isso? No meio disso tudo aparece ainda o Plano Nacional de educação que também pauta esses 10%.
Professores, estudantes, escolas, universidades – todos tem pautado essas bandeira quando vão às ruas cobrar do governo brasileiro mudanças na educação do país. A mobilização é forte, a UBES e a UNE estão na linha de frente cumprindo o papel histórico de garantir a educação pública de qualidade. Confira aqui os argumentos de quem tem ajudado a UNE – e também a UBES – a defender essa luta que é todos os jovens do Brasil.
POR QUE 10% DO PIB PARA EDUCAÇÃO?
É a maior reivindicação dos estudantes brasileiros, nos últimos anos. A luta, que existe desde a Conferência Nacional de Educação, em 2010, gira atualmente em torno da meta 22 do Plano Nacional de Educação, que está em tramitação no Congresso. A expectativa é que seja aprovado ainda em 2013. O plano contém as metas a serem perseguidas nos próximos dez anos na educação.
A luta pela defesa da educação pública é fundamental para um país que precisa incorporar esses milhões de brasileiros que estão ascendendo em um projeto de cidadania.
100% DOS ROYALTIES DO PETRÓLEO E 50% DO FUNDO SOCIAL DO PRÉ-SAL PARA EDUCAÇÃO
A UBES e A une defendem também a aprovação da Medida Provisória 592/12, em tramitação na Câmara dos Deputados. A medida prevê a destinação de 100% dos royalties do petróleo e 50% do Fundo Social do pré-sal para a educação. A medida foi encaminhada pelo governo, a fim de garantir a fonte dos recursos para o cumprimento da meta de 10% do PIB. Para o movimento estudantil, essa é a forma de reverter a injustiça histórica de não utilizar as riquezas naturais do país em prol do desenvolvimento humano daqueles que mais precisam.
EM QUE PÉ ESTÁ O PNE?
A proposta que cria o PNE e estabelece 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para a área de Educação está sendo discutida deste 2010. Foi aprovada pela Câmara dos Deputados no ano passado e agora aguarda avaliação no Senado. Após a aprovação na Casa, será encaminhado novamente à Câmara. De acordo com o que foi aprovado, serão utilizados 50% dos recursos do pré-sal diretamente em educação para que, ao final de dez anos de vigência do PNE, seja atingido o percentual de 10% do PIB para o investimento no setor.
Para acompanhar a execução do PNE foi formado um Fórum Nacional de que exigirá o cumprimento de suas metas.
FINANCIAMENTO PARA EDUCAÇÃO PÚBLICA
O PNE como está no Senado federal, está deixando uma porta aberta para a transferência do recurso público para o setor privado. Temos que brigar o por financiamento público, para o setor público. Para a presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Maria Izabel Azevedo Noronha, é imprescindível garantir o financiamento da educação via recursos do petróleo e assim assegurar a qualidade e os avanços na educação. “Ainda falta a medida provisória que diga que é imperativo vincular 100% dos royalties para o ensino PÚBLICO”, afirma.
O QUÊ SIGNIFICA 10% DO PIB PARA EDUCAÇÃO?
Segundo Daniel Cara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, um dos principais companheiros do movimento estudantil nessa luta, essa porcentagem não vai revolucionar, mas será um grande passo até mais ou menos 2050, para beneficiar as gerações futuras. “É importante ter clareza que daremos um passo, mas não resolvemos o problema. Para a gente de fato se aproximar dos países desenvolvidos seria necessário 18%, o que não temos possibilidade ainda”, explicou.
E QUAL O RISCO DO BRASIL NÃO INVESTIR EM EDUCAÇÃO?
Para Cara não é só uma questão do que vamos ganhar, mas do que vamos perder. “Para poder mudar o cenário da educação vamos precisar investir 10% nos próximos dois PNEs”, afirma. Cada Plano tem a vigência de dez anos.
GARANTIR 10% DO PIB PARA EDUCAÇÃO É TÃO IMPORTANTE QUANTO FOI A LUTA CONTRA A DITADURA?
“Se aprovarmos 10% vai ser a primeira vez que educação vai ser prioridade, vai beneficiar uma demanda social que atende todos os dias mais de 50 milhões de brasileiros. Essa geração e essa luta é tão importante quanto a luta contra a ditadura e a luta do Petróleo é nosso”, destacou o coordenador da Campanha.
DE ONDE VIRÁ O DINHEIRO PARA ESTE INVESTIMENTO?
“Todos os royalties do petróleo, somados aos 50% do Fundo Social do Pré-Sal já nos aproximam muito dessa realidade”, afirmou Cara.
Para o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), é necessário também definir melhor a participação da União, estados e municípios no financiamento educacional, além de buscar outras fontes para compor um fundo social da Educação. Ele lembrou que os recursos necessários para a meta dos 10% do PIB são cerca de 200 bilhões de reais.
A HORA É AGORA!
Temos que aproveitar o bônus demográfico e que ainda somos um país de jovens economicamente ativos. “O Brasil, assim como a China, é um país que está envelhecendo rápido. A partir desse ano mais de 15% da população terá mais de 65 anos. É a nossa geração que será responsável pelo pagamento da aposentadoria das gerações futuras”, explicou Cara. Segundo ele para isso se sustentar temos que assegurar uma educação de qualidade agora. E continuou: “Se essa geração atual não conseguir vamos passar esse déficit para as gerações que estão entrando nas escolas agora.”
Chega hoje (2/7), em regime de urgência no Plenário do Senado Federal, o Projeto de Lei 41/2013 que pode garantir a efetiva destinação dos royalties do petróleo e o fundo social do pré-sal para educação. A aprovação do PCL representa a histórica luta e a grande chance de viabilizar o investimento de 10% do PIB no Plano Nacional de Educação (PNE).
#PRESALPARAEDUCACAO
#APROVASENADO
Fonte: UBES

UJS inicia homenagens a Nelson Mandela

A União da Juventude Socialista (UJS) começa a homenagear o líder sul-africano Nelson Mandela pela passagem de seu 95º aniversário que ocorrerá dia 18. Hospitalizado desde o dia 8 de junho, Mandela inspira a todos a lutar.
Hoje publicamos a poesia Invictus (do poeta inglês William Ernest Henley, 1849-1903), que inspirou o ex-presidente da África do Sul (entre 1994 a 1999) a resistir aos 27 anos que passou na prisão do apertheid (1963 a 1990).
Mandela corporifica a luta por liberdade em pleno século 21 por ter lutado contra o racismo e pela democracia em seu país. E assim tornou-se símbolo de resistência para todos os que lutam por um mundo mais igual e mais justo.
Invictus
Por William Ernest Henley
Do avesso desta noite que me encobre,
Preta como a cova, do começo ao fim,
Eu agradeço a quaisquer deuses que existam,
Pela minha alma inconquistável.
Na garra cruel desta circunstância,
Não estremeci, nem gritei em voz alta.
Sob a pancada do acaso,
Minha cabeça está ensanguentada, mas não curvada.
Além deste lugar de ira e lágrimas
Avulta apenas o horror das sombras.
E apesar da ameaça dos anos,
Encontra-me, e me encontrará destemido.
Não importa quão estreito o portal,
Quão carregada de punições a lista,
Sou o mestre do meu destino:
Sou o capitão da minha alma.

terça-feira, 2 de julho de 2013

HENRIQUE VIII ERA PSICOPATA AFIRMA ESPECIALISTA:

Um estudo sobre algumas das personalidades mais conhecidas da história, descobriu que apenas um, Henrique VIII, era psicopata.

O professor Kevin Dutton avaliou dez personalidades mais conhecidas na Grã Bretanha a fim de determinar quais delas eram psicopatas.

Ele descobriu que Henrique VIII estava na mesma categoria que criminosos perigosos como Ian Brady e outros assassinos em série, porém, outros que pareciam ter o mesmo fim, não obtiveram a mesma classificação.

O estudo do professor Dutton foi inspirado pelo psicólogo William James, que afirmou que qualquer personagem classificado pela história como bem sucedido, era ou provavelmente possuía tendências psicopatas.

A teoria proposta era, que para ser bem sucedida, a pessoa tinha que mostrar o tipo de charme, egoísmo e crueldade comuns aos psicopatas.

Quando classificado com o ”espectro psicopata”, Henrique VIII – que decapitou duas de suas seis esposas, atingiu a marca de 174 pontos contra a marca inicial de um psicopata de 168.

Porém outras personalidades como o estadista britânico Winston Churchill, o poeta romântico Lord Byron e o famoso cientista Isaac Newton, obtiveram as menores pontuações dentro do índice.

Isto parece um tanto difícil de acreditar e os ingleses se dizem aliviados de observar que Churchill parece ter escapado por pouco da classificação.

As dez figuras proeminentes na história avaliadas pelo Professor Dutton eram:

Charles Darwin
Isaac Newton
Henrique VIII
Elizabeth I
Charles Dickens
Freddie Mercury
Lord Byron
William Shakespeare
Winston Churchill
Oscar Wilde

fonte: 
História Agora


UJS dialoga com Dilma sobre avanços para a Juventude


Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
Na última sexta (28), no Planalto do Palácio, o presidente da UJS, André Tokarski, participou de uma reunião com a presidenta Dilma Rousseff e líderes de movimentos de juventude, na qual dialogaram sobre as melhorias para o país que os jovens estão cobrando nas ruas.
Dilma pediu apoio dos líderes para pôr em prática as propostas que visam fazer o país avançar, tanto na política, quanto nas áreas da educação, saúde e transporte – principal reivindicação que tem mobilizado as manifestações dos jovens, desde o mês passado.
Conversando sobre as propostas na política, Dilma expôs a criação do Plebiscito, a Reforma Política, e o combate à corrupção em pauta.
Tokarski frisou o posicionamento da UJS com as medidas democráticas apontadas por Dilma e, destacou que discutirá com outras juventudes a criação de propostas para incluir cada vez mais os jovens na política do país.
“A UJS irá apoiar a iniciativa da presidenta de realizar o plebiscito da reforma política e irá discutir com outras organizações políticas de juventude medidas que assegurem a ampliação da participação política dos jovens, através da reforma política.”, afirmou o presidente da UJS.
Quanto à educação, Dilma reafirmou o seu apoio à destinação dos royalties do petróleo e dos recursos do Fundo Social do Pré-sal para o setor – essa proposta foi encampada há quatro anos, pela UNE (União Nacional dos Estudantes) e pela UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas).
O projeto, apresentado pelas entidades estudantis e pelos movimentos sociais, pede que sejam investidos 100% dos royalties do petróleo e 50% do pré-sal na educação. Dilma já havia defendido essa proposta, e a enviou à Câmara dos Deputados, na semana passada. A votação culminou com a aprovação de 50% do pré-sal e 75% dos royalties para o ensino público. Quanto aos 25% restantes dos royalties, os deputados votaram que fossem investidos na saúde.
No transporte, Dilma apontou que o Governo Federal passará a investir mais de 50 bilhões em melhorias na mobilidade urbana, além de reduzir impostos, para que outros governadores e prefeitos possam reduzir o preço das tarifas.
Já na saúde, além de construção de novas Unidades Básicas de Saúde, e hospitais, Dilma pretende também ampliar o número de vagas nas universidades federais para medicina. Contudo, ela ressaltou a necessidade imediata de trazer médicos de outros países para suprir o déficit de profissionais nas periferias e regiões pobres, como Norte e Nordeste.
A presidente ponderou ainda que a organização dos partidos políticos e dos movimentos sociais são importantes agentes da democracia brasileira. E sabendo desse papel que eles desempenham, a presidenta comunicou a todos que está aberta ao diálogo com todos os movimentos e disposta a ouvir a voz que vem das ruas.
Essa sensibilidade em relacionamento foi comprovada por Tokarki, que relatou os pontos positivos na conversa com Dilma. “A presidenta Dilma demonstra abertura ao diálogo com a juventude e apresenta uma agenda positiva e progressista para o país, ao defender medidas como a realização de um plebiscito para a reforma política, o apoio à destinação dos royalties do petróleo e dos recursos do Fundo Social do Pré-Sal para a educação e o compromisso de investir 50 bilhões de reais na melhoria do transporte coletivo das principais capitais do país.”, relatou Tokarski.
Governo criará rede social para interagir com jovens
Após a reunião com os líderes juvenis, a Secretaria Nacional da Juventude informou que daqui a duas semanas o Governo Federal vai lançar a rede social “Observatório Participativo”.
Este canal proporcionará que cada jovem – indiferente de estar ligado a algum movimento social ou não – possa cadastrar seu perfil na rede e contribuir com discussões ligadas a diferentes temas, como saúde, educação, transporte, violência.
“O observatório participativo fará com que a gente tenha um canal permanente de diálogo com os jovens pelas redes sociais para consultas públicas, mas também para aprofundar o conteúdo acerca do tema juventude e das políticas publicas”, apontou Severine Macedo, secretária da Secretaria Nacional de Juventude.
Redação

Dois médicos norte-americanos avaliam o sistema de saúde de Cuba

Um modelo diferente, a atenção médica em Cuba
Para um visitante dos Estados Unidos, Cuba desorienta. Automóveis norte-americanos estão em todo lugar, mas todos datam dos anos 50. Nossos cartões bancários, cartões de crédito e telefones inteligentes não funcionam. O acesso à internet é praticamente inexistente. E o sistema de saúde também parece irreal. Há médicos demais.
Todo mundo tem um médico da família. Tudo é de graça, totalmente de graça — e não precisa de aprovação prévia ou de algum tipo de pagamento. Todo o sistema parece de cabeça para baixo. É tudo muito organizado e a prioridade absoluta é a prevenção. Embora Cuba tenha recursos econômicos limitados, seu sistema de saúde resolveu alguns problemas que o nosso [dos Estados Unidos] ainda nem enfrentou.
Médicos de família, junto com enfermeiras e outros profissionais de saúde, são os responsáveis por dar atendimento primário e serviços preventivos para seu grupo de pacientes — cerca de mil pacientes por médico em áreas urbanas.
Todo o cuidado é organizado no plano local e os pacientes e seus profissionais de saúde geralmente vivem na mesma comunidade. Os dados médicos em fichas de papel são simples e
escritos à mão, parecidos com os que eram usados nos Estados Unidos 50 anos atrás. Mas o sistema é surpreendentemente rico em informação e focado na saúde da população.
Todos os pacientes são categorizados de acordo com o nível de risco de saúde, de I a IV. Fumantes, por exemplo, estão na categoria de risco II, e pacientes com doença pulmonar crônica, mas estável, ficam na categoria III.
As clínicas comunitárias informam regularmente ao distrito sobre quantos pacientes tem em cada categoria de risco e sobre o número de pacientes com doenças como a hipertensão (bem controlada ou não), diabetes, asma, assim como sobre o status de imunização, data do último teste de Papanicolau e casos de gravidez/cuidado pré-natal.
Todo paciente é visitado em casa uma vez por ano e aqueles com doenças crônicas recebem visitas mais frequentes. Quando necessário, os pacientes podem ser direcionados a policlínicas distritais para avaliação de especialistas, mas eles retornam para as equipes comunitárias para acompanhamento. Por exemplo, a equipe local é responsável por garantir que o paciente com tuberculose siga as recomendações sobre o regime antimicrobial e que faça os exames.
Visitas em casa e conversas com familiares são táticas comuns para fazer com que os pacientes sigam as recomendações médicas, não abandonem o tratamento e mesmo para evitar gravidez indesejada. Numa tentativa de evitar infecções como a dengue, a equipe de saúde local visita as casas para fazer inspeções e ensinar as pessoas sobre como se livrar da água parada.
Este sistema altamente estruturado, orientado para a prevenção, produziu resultados positivos. As taxas de vacinação de Cuba estão entre as mais altas do mundo.
A expectativa de vida de 78 anos de idade é virtualmente idêntica à dos Estados Unidos. A taxa de mortalidade infantil em Cuba caiu de 80 por mil nos anos 50 para menos de 5 por mil — menor que nos Estados Unidos, embora a taxa de mortalidade materna esteja bem acima daquela dos países desenvolvidos e na média para os países do Caribe.
Sem dúvida, os resultados são consequência de melhorias em nutrição e educação, determinantes sociais básicos para a saúde pública. A taxa de alfabetização de Cuba é de 99% e o ensino sobre saúde é parte docurrículo obrigatório das escolas. Um recente programa nacional para promover a aceitação de homens que fazem sexo com homens foi desenhado para reduzir as taxas de doenças sexualmente transmissíveis e aumentar a aceitação e adesão aos tratamentos.
Os cigarros já não são oferecidos na cesta básica mensal e o número de fumantes decresceu, embora as equipes médicas locais digam que continua difícil convencer fumantes a deixar o vício. Os contraceptivos são gratuitos e fortemente encorajados. O aborto é legal, mas considerado um fracasso do trabalho de prevenção.
Não se deve romantizar o sistema de saúde cubano. O sistema não é desenhado para escolha do consumidor ou iniciativas individuais. Não existe sistema de saúde privado pago como alternativa. Os médicos recebem benefícios do governo como moradia e alimentação, mas o salário é de apenas 20 dólares por mês. A educação é gratuita e eles são respeitados, mas é improvável que obtenham riqueza pessoal.
Cuba é um país em que 80% dos cidadãos trabalham para o governo e o governo é quem gerencia orçamentos. Nas clínicas de saúde comunitárias, placas informam aos pacientes quanto o sistema custa ao Estado, mas não há forças de mercado para promover eficiência.
Os recursos são limitados, como descobrimos ao ter contato com médicos e profissionais de saúde cubanos como parte de um grupo de editores-visitantes dos Estados Unidos. Um nefrologista de Cienfuegos, a 240 quilômetros de Havana, tem uma lista de 77 pacientes em diálise na província, o que em termos de população dá 40% da taxa dos Estados Unidos — similar ao que era nos Estados Unidos em 1985.
Um neurologista nos informou que seu hospital só recebeu um CT scanner doze anos atrás. Estudantes norte-americanos de universidades médicas cubanas dizem que o trabalho nas salas de cirurgia é rápido e eficiente, mas com pouca tecnologia. Acesso à informação via internet é mínimo. Um estudante informou que tem 30 minutos por semana de acesso discado.
Esta limitação, como muitas outras dificuldades de recursos que afetam o progresso, é atribuída ao embargo econômico dos Estados Unidos [imposto em 1960], mas podem existir outras forças no governo central trabalhando contra a comunicação fácil e rápida entre cubanos e os Estados Unidos.
Como resultado do estrito embargo econômico, Cuba desenvolveu sua própria indústria farmacêutica e agora fabrica a maior parte das drogas de sua farmacopeia básica, mas também alimenta uma indústria de exportação. Recursos foram investidos no desenvolvimento de expertise em biotecnologia, em busca de tornar Cuba competitiva no setor com os países avançados.
Existem jornais médicos acadêmicos em todas as especialidades e a liderança médica encoraja fortemente a pesquisa, a publicação e o fortalecimento de relações com outros países latino-americanos. As universidades médicas de Cuba, agora 22, continuam focadas em atendimento primário, com medicina familiar exigida como primeira residência de todos os formandos, embora Cuba já tenha hoje o dobro dos médicos per capita que os Estados Unidos.
Muitos dos médicos cubanos trabalham fora do país, como voluntários num programa de dois anos ou mais, pelo qual recebem compensação especial. Em 2008, havia 37 mil profissionais de saúde cubanos trabalhando em 70 paises do mundo. A maioria trabalha em áreas carentes, como parte da ajuda externa de Cuba, mas alguns estão em áreas mais desenvolvidas e seu trabalho traz benefício financeiro para o governo cubano (por exemplo, subsídios de petróleo da Venezuela).
Todo visitante pode ver que Cuba continua distante de ser um país desenvolvido em infraestrutura básica, como estradas, moradias e saneamento. Ainda assim, os cubanos começam a enfrentar os mesmos problemas de saúde de países desenvolvidos, com taxas crescentes de doenças coronárias, obesidade e uma população que envelhece (11,7% dos cubanos tem 65 anos de idade ou mais).
O seu incomum sistema de saúde enfrenta estes problemas com estratégias que evoluiram da peculiar história política e econômica de Cuba, um sistema que — com médicos para todos, foco em prevenção e atenção à saúde comunitária — pode informar progresso também para outros países.
Edward W. Campion, M.D., and Stephen Morrissey, Ph.D.
The New England Journal of Medicine, January 24, 2013