Militante, comunista, médico, escritor, idealizador de um Brasil justo e igual, e fundador da UNE. Este é o grande homem que o Brasil perdeu no último domingo.
Irun Sant’Anna, faleceu, aos 95 anos, no último domingo (30), no Rio de Janeiro. Teve a morte decorrente de falência múltiplas de órgãos. É com muita tristeza que todos que almejam a liberdade, a democracia, a soberania da nação e principalmente a igualdade social recebem essa triste notícia.
Sant’Anna se filiou em 1930 ao Partido Comunista Brasileiro, deste período inicia-se sua dedicação em busca de um Brasil igual a todos. Foi membro também na Aliança Nacional Libertadora, organização fundada pelo guerrilheiro Carlos Marighella, umas das principais frentes contra a ditadura brasileira.
Já em 1937, Irun foi um dos fundadores da maior entidade porta-voz dos jovens estudantes brasileiros, a União Nacional dos Estudantes, e com a entidade, lutou contra o nazi-fascismo, na defesa do petróleo e ocupou às ruas por inúmeras vezes, clamando pela democracia e enfrentando a ditadura militar.
Mesmo com a idade já avançada, Sant’Anna continuava a participar de atividades realizadas pela entidade que ajudou a construir, prova disso, foi sua participação no 75º aniversário da UNE, realizado em agosto passado, no Rio de Janeiro.
Nota da UNE
Ao receber a notícia do falecimento de Irun Sant’Anna, a UNE divulgou uma nota de lamentação pela perda do último fundador então vivo, da entidade. Com o pesar, a UNE destaca também a importância de Irun ser sempre lembrado por todos os brasileiros, na luta pela igualdade social.
“Irun Sant’Anna é um nome a ser guardado por todos os jovens brasileiros que não desistem de seus próprios sonhos. Irun será uma lembrança permanente, o vento a nortear os nossos rostos e bandeiras em direção a um país mais justo, soberano, com mais participação e oportunidades para todos, em qualquer parte.”
A entidade declara ainda que aproveitará a realização do seu 16º Conselho Nacional de Entidades de Base (CONEB) para homenagear Sant’Anna. Contudo, enfatiza que a maior homenagem a ser feita é a mobilização dos jovens nas ruas, lutando pelos ideiais que Sant’ Anna sempre defendeu.
“A maior lembrança e saudação a Irun Santanna, neste ano de 2013 e em todos os outros, será a ocupação das ruas, a massificação das lutas do movimento estudantil brasileiro, a defesa da educação e da juventude como o valor máximo de um país no qual os estudantes e o povo estão juntos, lado a lado, caminhando para o futuro que todos queremos.”
Obras
Com escritor, escreveu duas obras; a primeira em 1997, intitulada “Brasil: país sem futuro?”, a segunda foi em agosto de 2011, “O garoto que sonhou mudar a humanidade”, uma autobiografia que retrata sua história desde a infância no bairro São Cristóvão, no Rio de Janeiro, até o ano de lançamento da obra.
Redação
Conheci o Irun na reocupação da sede histórica da praia do Flamengo,onde funcionava um estacionamento falando nos altos dos seus já 90 anos emocionou quem estava lá,mesmo eu e outros,já graduados,se emocionaram o discurso de vivência de Irun,logo em seguida fomos para o aterro do Flamengo e retomamos o terreno histórico para onde voltará a sede com a planta nova no lugar do antigo Clube Germânia ocupado como sede da UNE e destruído pelo Golpe Fascista de 1964,nada menos que o grande mestre da arquitetura mundial contemporânea Oscar Niemeyer,que tive também o prazer em conhecê-lo:
ResponderExcluir"UNE,DE VOLTA PRA CASA"