quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Classe social

Uma classe social é um grupo de pessoas que têm status social similar segundo critérios diversos, especialmente o econômico. Diferencia-se da casta social na medida em que ao membro de uma dada casta normalmente é impossível mudar de status.
Segundo a óptica marxista, em praticamente toda sociedade, seja ela pré-capitalista ou caracterizada por um capitalismo desenvolvido, existe a classe dominante, que controla direta ou indiretamente o Estado, e as classes dominadas por aquela, reproduzida inexoravelmente por uma estrutura social implantada pela classe dominante. Segundo a mesma visão de mundo, a história da humanidade é a sucessão das lutas de classes, de forma que sempre que uma classe dominada passa a assumir o papel de classe dominante, surge em seu lugar uma nova classe dominada, e aquela impõe a sua estrutura social mais adequada para a perpetuação da exploração.
A divisão da sociedade em classes é consequência dos diferentes papeis que os grupos sociais têm no processo de produção, seguindo a teoria de Karl Marx. É do papel ocupado por cada classe que depende o nível de fortuna e de rendimento, o género de vida e numerosas características culturais das diferentes classes. Classe social define-se como conjunto de agentes sociais nas mesmas condições no processo de produção e que têm afinidades políticas e ideológicas.
Na Idade Média, a classe dominante era formada pelos senhores feudais, donos das terras através da aplicação de compulsão e coerção(Uso da força física ou ameaça direta ou indireta ao indivíduo podendo atingir sua moral a fim de levá-lo a praticar uma ação que o mesmo não tem vontade própria de praticá-la.), e a classe dominada era formada pelos camponeses. Uma classe à parte era a classe dos guerreiros, que era composta pelos camponeses (alguns eram senhores feudais) e podia passar para uma classe dominante caso recebesse terras como prêmio de suas conquistas. A partir da Idade Contemporânea, com o desenvolvimento do sistema capitalista industrial (e mesmo do pós-industrial), normalmente existe a noção de que as classes sociais, em diversos países, podem ser dividas em três níveis diferentes, dentro dos quais há subníveis. Atualmente, a estratificação das classes sociais segue a convenção baixa, média e alta, sendo que as duas primeiras designam o estrato da população com pouca capacidade financeira, tipicamente com dificuldades económicas, e a última possui grande margem financeira.
A classe média é, portanto, o estrato considerado mais comum e mais numeroso, que, embora não sofra de dificuldades, não vive propriamente com grande margem financeira. Nota-se, porém, que, nos países de Terceiro Mundo, a classe média é uma minoria e a classe baixa é a maioria da população. Desta interpretação, é possível encontrar outras classes, de acordo a Fundação Getúlio Vargas, entretanto a avaliação ideal seria por bens disponíveis e não pela renda. Já o DIEESE utiliza uma classificação por salários mínimos [1]:
  • Até 1 Salário Mínimo
  • De 1 a 2 Salários Mínimos
  • De 2 a 3 Salários Mínimos
  • De 3 a 5 Salários Mínimos
  • De 5 a 10 Salários Mínimos
  • De 10 a 20 Salários Mínimos
  • Mais de 20 Salários Mínimos
Outra classificação da consultoria Target:
  1. Classe A1: inclui as famílias com renda mensal maior que R$ 14.400
  2. Classe A2: maior que R$ 8.100
  3. Classe B1: maior que R$ 4.600
  4. Classe B2: maior que R$ 2.300
  5. Classe C1: maior que R$ 1.400
  6. Classe C2: maior que R$ 950
  7. Classe D: maior que R$ 600
  8. Classe E: maior que R$ 400
  9. Classe F: menor que R$ 200




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