quarta-feira, 31 de agosto de 2011

NÁUTICO E PORTUGUESA


Com dois a menos, retranca da Lusa segura empate com o Náutico

Apesar de ter dois homens a mais durante um tempo inteiro e jogar em casa, Timbu não consegue vazar a Portuguesa

Por GLOBOESPORTE.COMRecife, PE
O Náutico bem que tentou, mas não conseguiu passar pela retranca da Portuguesa. Jogando nos Aflitos e com superioridade de dois homens durante um tempo inteiro, o Timbu se esforçou, suou muito, mas o gol não veio. A Lusa contou com a boa atuação de Weverton e com o travessão para segurar o 0 a 0 sob pressão.
Com o empate, a Portuguesa se manteve na liderança da Série B com 39 pontos, mas sem vencer há quatro jogos e com a Ponte Preta no encalço, com 38. O time do técnico Jorginho recebe o Paraná no próximo sábado, às 16h20m, no Canindé, para tentar acabar com a má fase. O Náutico, por outro lado, permanece no terceiro posto com 35 pontos. A equipe pernambucana volta a campo na próxima sexta, às 20h30m, para encarar o Goiás, no Serra Dourada, e tentar se aproximar dos líderes.
Esfria e esquenta
Os jogadores do Náutico entraram em campo com tarjas pretas nas mangas das camisas em luto pelo presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Carlos Alberto de Oliveira, que não resistiu a uma parada cardíaca na última segunda-feira. Passadas as homenagens, os dois times começaram a partida a mil por hora. Enquanto o Náutico, em ascensão, tentava aumentar sua série invicta para cinco jogos, a Portuguesa queria por fim ao jejum de vitórias, que já chegava a três partidas.
Sem saber o que é perder em casa nesta Segundona, o Náutico logo tratou de deixar claro que manda nos Aflitos. Aos três minutos, Eduardo Ramos cobrou uma falta direto para o gol e tirou tinta da trave direita de Weverton. A Lusa mostrou o cartão de visitas na mesma moeda. Edno, também de falta, soltou um foguete que passou rente à trave de Gideão. A Lusa até igualou a partida, mas foi do anfitrião a grande chance do primeiro tempo: aos 22 minutos, Eduardo Ramos recebeu um cruzamento de Peter na medida para cabecear à queima-roupa, mas Weverton fez grande defesa.
Aos poucos, a partida foi esfriando. Os times criavam pouco até os 44 minutos da etapa inicial, quando o jogo pegou fogo. Ferdinando, que já tinha tomado um cartão amarelo, derrubou Kieza depois de ser driblado pelo atacante e foi expulso. Revoltado, Marcelo Cordeiro reclamou muito da arbitragem e também levou o segundo cartão amarelo. Foi o estopim. Os jogadores da Lusa partiram para cima do árbitro Gutemberg de Paula Fonseca e só foram contidos pelo técnico Jorginho, que teve de invadir o campo.
Com dois a menos, o comandante rubro-verde sacou Ananias e colocou Raí, mais um marcador ainda no primeiro tempo. Daí em diante, foi um jogo de ataque contra defesa. Nos acréscimos, Everton arriscou de longe e a bola quase entrou na meta da Lusa depois de ter desviado no zagueiro Renato e ter pego o contrapé de Weverton.
Pressão e retranca
Enquanto Jorginho recuou seu time, Waldemar Lemos fez o oposto. Colocou em campo Philip e Joélson, dois jogadores com características ofensivas. O que se viu foi uma pressão total do Náutico. No entanto, quando a bola não parava na retranca da Lusa, o goleiro Weverton salvava.
O anfitrião assustava nos chutes, principalmente, de Kieza e Eduardo Ramos. Aos 21 minutos, não deu nem para a defesa nem para o arqueiro da Portuguesa, mas o travessão salvou a Lusa. Philip cortou Raí e chutou forte para carimbar a trave.
Os minutos finais foram eletrizantes. Kieza e Rogério desperdiçaram boas chances já no apagar das luzes para o desespero dos torcedores alvirrubros. No fim, o Náutico não conseguiu vazar a Lusa. A retranca venceu: 0 a 0. Os ânimos seguiram exaltados. Jorginho discutiu com um repórter, e Kieza precisou ser contido pelos companheiros após ser provocado por um torcedor.

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