Por volta de 1777, acossado pela seca, aqui chegou, possivelmente vindo do Rio do Peixe, Antônio Alves Soares, com o que restava do seu rebanho.
Ao nascente da encruzilhada e à margens direita do Rio Una, edificou sua morada, uma casa de taipa, com uma porta e uma janela de frente e curral ao lado, ocupou como senhor uma e outra margem do Rio Una e denominou sua posse de Pirineus, em virtude da ondulação do terreno, vindo à sua lembrança, uma aparência das montanhas europeias.
A terra ocupada por Antônio Alves Soares ocupava o espaço geográfico do Riacho Gravatá ao Riachão, tendo as seguintes fronteiras:
Ao nascente - na elevação Primeira que termina acerca de uma légua do Serrote do Gado Bravo;
Ao Poente - deu nome de Apeninos;
Ao Norte - Riachão;
Ao Sul - Riacho Gravatá ou Riacho Santa Ana.
Essa habitação na pousada do ermo alegrou os viajantes, pois estava quebrada a monotonia da selva, com a presença do seu habitante, que poeta e conversador, distraía os viajantes e almocreves com histórias, ao redor da fogueira acesa no terreiro.
O grande feudo de Antônio Alves Soares, sem garantia jurídica e sem ter-lhe custado nada, não resistiu aos invasores, mais sabidos, mais claros de cor e mais audazes e assim cada emigrante se apossava de terreno que depois vendia, sem documentos de aquisição e, dessa maneira, foi esfacelada a grande propriedade SANTA CRUZ, com o consentimento do proprietário, pelo desejo que tinha de ver povoado o lugar.
A expressão FAZENDA DE SANTA CRUZ foi aparecendo como fronteira de divisão e subdivisão de partes de terras, substituindo a de SERROTE ou COLINA.
Antônio Alves Soares foi o proprietário de Santa Rosa, em Altinho e de outra propriedade no Sertão, do Rio das Piranhas, comarca de Pombal, Paraíba.
fonte: livro SÃO BENTO DO UNA: FORMAÇÃO HISTÓRICA. PÁG 30, 31
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