quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Análise: sob a batuta de Felipão, Palmeiras faz mais um jogo de um time só

Dos últimos 180 minutos do Palmeiras em campo, foram poucos aqueles em que o adversário levou perigo. Depois de derrotar um inofensivo Vitória em Salvador, o time dirigido por Luiz Felipe Scolari fez outro jogo de um time só nos 2 a 0 sobre o Botafogo, ne quarta-feira, em casa. 

 Desta vez, muito mais por imposição do que por falta de qualidade do rival. É claro que, também por estar desfalcada, a equipe carioca encontraria mais dificuldade, que só aumentou depois da expulsão do lateral-esquerdo Moisés. Mas o Palmeiras teve o domínio quase que completo da partida, a sua oitava consecutiva sem sofrer gol


A quem ainda olha torto para Felipão e seus auxiliares - sobretudo Paulo Turra, muito participativo no dia a dia e à beira do campo nos jogos: já é preciso dar o braço a torcer. Há méritos de sua comissão nessa fase invicta e de disputa simultânea por três títulos.
No início de sua terceira passagem pelo clube, o treinador tem conseguido dar equilíbrio ao time, aproveitando o legado técnico de Roger Machado e reforçando seu sistema defensivo, com um meio de campo mais fixo - Bruno Henrique já não pisa tanto a área como antes - e uma cobertura mais atenta dos zagueiros.
 
 
Não faltam ligações diretas do campo de defesa para o ataque, longas inversões de bola dos volantes para os homens de frente. Também não tem faltado velocidade aos pontas. Importante: Dudu voltou a jogar seu melhor futebol, a despeito do pênalti desperdiçado no segundo tempo, quando o placar ainda estava 1 a 0.
Felipão gosta de uma formação segura defensivamente. É daqueles que, ganhando um jogo de mata-mata, não tem vergonha de tirar um centroavante para reforçar a marcação. Quando sente, porém, que há espaço para ousar um pouco mais, ele se permite tirar um volante mais desgastado para colocar um meia de criação

E foi assim, depois de ter orientado Lucas Lima do banco de reservas, na segunda metade do primeiro tempo, que ele chegou à vitória. Contra um Botafogo preocupado praticamente apenas em se defender, o meia entrou no intervalo e tentou como pôde dar mais dinâmica, arriscando jogadas mais difíceis. Acabou resolvendo o jogo com dois golaços: um de dentro da área e outro em uma inteligente cobrança de falta. 

– No segundo gol, essa bola quem cobra para fazer assim é o professor, ele sempre pede para bater forte a bola em direção ao gol – disse o próprio camisa 20, sobre a falta em que se esperava uma bola alçada para o meio da área, mas terminou no canto esquerdo do gol. 
 fonte: globoesporte.com

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