Texto Wallisson Elder
Estamos
vivenciando um período pelo qual tudo o que se passa no mundo é postado e
compartilhado nas redes sociais, vivenciamos também um período pelo qual o SISU
e o PROUNI começam a divulgar os resultados, fazendo uma simples junção de uma
coisa para com a outra, teremos uma verdadeira febre de pessoas relatando que
passaram nos vestibulares.
Dentre
desse aspecto, poderemos fazer algumas observações bastante interessantes, o
primeiro ponto é em relação ao grande quantitativo de pessoa que possuem acesso
as mídias sociais informatizadas, alguns se utilizando os mesmos para o
crescimento educacional e intelectual/ outras nem tanto. O segundo ponto é
relativo ao acesso ao ensino superior, o que antes era bastante restrito a um
percentual pequeno da população brasileira (classe média rica), nos dias atuais
é bastante democratizado, ou seja, ganhamos assim o pobre a vez que precisava
para poder se destacar no meio acadêmico e em suas instituições sócias. Em
outras palavras ocorreu um fenômeno de geração de oportunidades, basta querer
estudar. Ainda nesta análise superficial, por trás dessa emblemática, poderemos
observar que existe um aspecto bastante importante e que interessa a população
de massa, que são os aspectos políticos, podemos se utilizar desse argumento,
por termos a percepção dessa interiorização e democratização do ensino,
ocorreram principalmente nos últimos dez anos, ou seja, durante os governos
petistas, no governo esquerdista, aquele que a mídia e a população rica tanto
temiam, talvez, que fizessem a previsão exatamente disto, da massa estudar e,
assim adquirir um senso crítico aguçado, o que é ruim para qualquer governo. É
de suma importância o incentivo, basta olharmos para Rubem Alves que nos diz
"Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem...
O
ato de ver não é coisa natural.
Precisa
ser aprendido!", ou seja, precisa ser desenvolvido por meio de políticas
públicas para educação.
Vale
salientar que não sou um eleitor do PT, por acreditar que em toda democracia é
importante que exista a rotatividade no poder, como também que Eduardo Campos e
Marina seja a mudança e ao mesmo tempo a continuação do que vem sendo
construído nos últimos anos, não vou aqui entrar nos aspectos ideológicos do
poder, fiz apenas este texto para demonstrar a grande satisfação de ver os
filhos dos pobres podendo estudar (colocando-me neste meio), por meio de
incentivos federais, estaduais e até municipais, como é o caso de São Bento do
Una.
Milhares
de brasileiros tendo vez. Já se foi a época que as faixas estendidas eram
apenas para aqueles que possuíam um valor aquisitivo alto, já se foi a época
que para poder estudar tínhamos que nos deslocarmos para as grandes metrópoles,
temos acesso no interior, o que é bastante plausível, pois assim como todo
entusiasta, acredito que por meio da educação nosso Brasil ainda dará passos
largos, seguindo o pensamento do grande Paulo Freire "Se a educação
sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda", as
críticas ainda são grandes, mas o que foi desenvolvido nos últimos tempos, por
meio das três esferas, nos faz acreditar que algo ainda está mudando e, com
isso os frutos serão colhidos para que tenhamos uma sociedade mais justa,
democratizada, sociabilizada e acima de tudo igualitária. Sou um pouco que
utópico é verdade, mas seguindo o pensamento de Eduardo Galeano “A utopia está
lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho
dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais
alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de
caminhar”.
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