Começa nessa quinta-feira, dia 1 de dezembro, o maior fórum de deliberação do movimento estudantil secundarista, o 39º Congresso da UBES. A expectativa é de que mais de 5 mil estudantes secundaristas de todo o Brasil participem. A abertura do congresso, marcada para as 20hrs, terá o tema “30 anos de reconstrução da UBES… e ainda tem gente que diz que isso é coisa de criança” e contará com a presença do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
No dia, também ocorrerão homenagens a importantes personalidades da vida nacional que começaram sua trajetória dentro da UBES. Entre os ex-militantes do movimento secundarista no Brasil estão desde a presidenta Dilma Rousseff ao ex-ministro da cultura Juca Ferreira, assim como aos ex-presidentes da entidade: Ismael Cardoso (2007-2009); Marcelo Gavião (2003-2005); Carla Santos (1999-2001);Juana Nunes(1997-1999); Joel Benim (1993-1995); Antônio Parente e Mauro Panzera(1992-1993); Altair Lebre (1987-1988); Apolinário Rebelo (1983-1984).
Conheça a História da UBES
Desde as décadas de 30 e 40, o interesse dos estudantes em melhorias na educação já era motivo para reuniões e encontros, sejam nas praças públicas ou nos grêmios estudantis, aumentando cada vez mais a participação política nas decisões políticas do país.
Em paralelo a essa efervescência da época, a União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES) nasceu em 1948, quando foi realizado o primeiro congresso nacional. Desde lá, os estudantes estiveram à frente das principais manifestações, mobilizando e reunindo diferentes setores da sociedade. Para se ter uma ideia, em 1950, esses jovens já faziam reivindicações contra o aumento do transporte público e a favor do Passe Livre Estudantil; saíam pelas ruas liderando passeatas, parando cidades – como foi o caso do Rio de Janeiro que ficou paralisada dois dias em 1956 com a “Revolta dos Bondes”.
Não demorou muito e os militares que entraram no poder em 1964 começaram a perseguir e prender os líderes estudantis; na época, qualquer tipo de ajuntamento era risco sob a vista dos militares. A juventude estava sob revolta diante da brutalidade da polícia. Em dezembro, a ditadura escancarada: foi instaurado o Ato Institucional Nº5. A partir daí, qualquer tipo de reunião, movimento artístico ou manifestação de opiniões estavam expressamente proibidos. A juventude começava a se organizar clandestinamente e a rebeldia eminente fortalecia a chama.
Foi assim que, em 1977, a UBES começou o processo de reorganização do movimento com a convocação de um congresso contra a ilegalidade. Em Curitiba-PR, no ano de 1981, estudantes de todo Brasil se reuniram em um galpão para a consolidação da entidade. A cavalaria invadiu o congresso, prendeu estudantes, mas a garra e a experiência continuou intacta para seguir a luta.
Desde as décadas de 30 e 40, o interesse dos estudantes em melhorias na educação já era motivo para reuniões e encontros, sejam nas praças públicas ou nos grêmios estudantis, aumentando cada vez mais a participação política nas decisões políticas do país.
Em paralelo a essa efervescência da época, a União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES) nasceu em 1948, quando foi realizado o primeiro congresso nacional. Desde lá, os estudantes estiveram à frente das principais manifestações, mobilizando e reunindo diferentes setores da sociedade. Para se ter uma ideia, em 1950, esses jovens já faziam reivindicações contra o aumento do transporte público e a favor do Passe Livre Estudantil; saíam pelas ruas liderando passeatas, parando cidades – como foi o caso do Rio de Janeiro que ficou paralisada dois dias em 1956 com a “Revolta dos Bondes”.
Não demorou muito e os militares que entraram no poder em 1964 começaram a perseguir e prender os líderes estudantis; na época, qualquer tipo de ajuntamento era risco sob a vista dos militares. A juventude estava sob revolta diante da brutalidade da polícia. Em dezembro, a ditadura escancarada: foi instaurado o Ato Institucional Nº5. A partir daí, qualquer tipo de reunião, movimento artístico ou manifestação de opiniões estavam expressamente proibidos. A juventude começava a se organizar clandestinamente e a rebeldia eminente fortalecia a chama.
Foi assim que, em 1977, a UBES começou o processo de reorganização do movimento com a convocação de um congresso contra a ilegalidade. Em Curitiba-PR, no ano de 1981, estudantes de todo Brasil se reuniram em um galpão para a consolidação da entidade. A cavalaria invadiu o congresso, prendeu estudantes, mas a garra e a experiência continuou intacta para seguir a luta.
“E ainda tem gente que diz que isso é coisa de criança”
A população em massa, organizada nos movimentos sociais, unificou-se em oposição aos militares na campanha “Diretas Já”, que teve participação expressiva da UBES. Apesar das mobilizações, a emenda não foi aprovada. Mas não teve jeito, a pressão do povo foi mais forte, a ditadura teve seu fim marcado pela eleição indireta que elegeu o presidente Tancredo Neves.
As principais cidades presenciaram dezenas de passeatas que reafirmaram a volta dos estudantes na vida política da nossa nação. As conquistas foram se multiplicando, como a aprovação do passe livre no Rio de Janeiro e da meia-entrada nos cinemas e teatros em diversas capitais do Brasil, o impeachment do presidente Collor, o enfrentamento da Era FHC e tantas outras lutas que seguiram.
Os estudantes foram (e são) portadores de importantes mudanças sociais, representando hoje a sociedade civil. O que era para ser o fim se tornou o recomeço, servindo para fortalecer as bandeiras da entidade.
A população em massa, organizada nos movimentos sociais, unificou-se em oposição aos militares na campanha “Diretas Já”, que teve participação expressiva da UBES. Apesar das mobilizações, a emenda não foi aprovada. Mas não teve jeito, a pressão do povo foi mais forte, a ditadura teve seu fim marcado pela eleição indireta que elegeu o presidente Tancredo Neves.
As principais cidades presenciaram dezenas de passeatas que reafirmaram a volta dos estudantes na vida política da nossa nação. As conquistas foram se multiplicando, como a aprovação do passe livre no Rio de Janeiro e da meia-entrada nos cinemas e teatros em diversas capitais do Brasil, o impeachment do presidente Collor, o enfrentamento da Era FHC e tantas outras lutas que seguiram.
Os estudantes foram (e são) portadores de importantes mudanças sociais, representando hoje a sociedade civil. O que era para ser o fim se tornou o recomeço, servindo para fortalecer as bandeiras da entidade.
“Quem vem com tudo não cansa”
Foi com muita raça e amor pelo Brasil que a UBES se reergueu, e vem há 30 anos depois de sua reconstrução pautando as políticas educacionais do país, defendendo uma educação de qualidade, desenvolvimento e soberania nacional.
Hoje a entidade tem muito o que comemorar: a conquista do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB), inclusão de Sociologia e Filosofia na grade curricular das escolas públicas e privadas, o voto aos 16 anos (Se Liga 16), participação no Conselho Nacional de Juventude (CONJUV) e na Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS).
A luta continua, agora pelo investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na Educação, quebra do veto presidencial ao projeto de 50% do Fundo Social do Pré-Sal para educação, projeto nacional de Passe-Livre, reserva de vagas para estudantes de escolas públicas para universidades públicas, ampliação do ensino técnico, currículo que corresponda as necessidades atuais da juventude, integração latino-americana e combate ao imperialismo.
Foi com muita raça e amor pelo Brasil que a UBES se reergueu, e vem há 30 anos depois de sua reconstrução pautando as políticas educacionais do país, defendendo uma educação de qualidade, desenvolvimento e soberania nacional.
Hoje a entidade tem muito o que comemorar: a conquista do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB), inclusão de Sociologia e Filosofia na grade curricular das escolas públicas e privadas, o voto aos 16 anos (Se Liga 16), participação no Conselho Nacional de Juventude (CONJUV) e na Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS).
A luta continua, agora pelo investimento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na Educação, quebra do veto presidencial ao projeto de 50% do Fundo Social do Pré-Sal para educação, projeto nacional de Passe-Livre, reserva de vagas para estudantes de escolas públicas para universidades públicas, ampliação do ensino técnico, currículo que corresponda as necessidades atuais da juventude, integração latino-americana e combate ao imperialismo.
Participe do 39º Congresso da UBES
Podem participar do encontro estudantes dos ensinos fundamental, médio, profissionalizante ou pré-vestibular. É necessário se inscrever realizando o pagamento antecipado (informações para depósito abaixo), ou no primeiro dia do congresso. Caso o pagamento seja efetuado anteriormente, é necessário guardar um comprovante ou recibo de pagamento. O credenciamento custa R$ 50 (para delegados) e R$ 70 (para observadores) e o valor inclui alojamento, alimentação e transporte do alojamento para o Expo Center Norte.
Dados para depósito:
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS PÓS-GRADUANDOS.
BANCO: Banco do Brasil
AGÊNCIA: 4328-1
CONTA CORRENTE: 7337-7
Confira aqui a programação completa do congresso
Podem participar do encontro estudantes dos ensinos fundamental, médio, profissionalizante ou pré-vestibular. É necessário se inscrever realizando o pagamento antecipado (informações para depósito abaixo), ou no primeiro dia do congresso. Caso o pagamento seja efetuado anteriormente, é necessário guardar um comprovante ou recibo de pagamento. O credenciamento custa R$ 50 (para delegados) e R$ 70 (para observadores) e o valor inclui alojamento, alimentação e transporte do alojamento para o Expo Center Norte.
Dados para depósito:
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS PÓS-GRADUANDOS.
BANCO: Banco do Brasil
AGÊNCIA: 4328-1
CONTA CORRENTE: 7337-7
Confira aqui a programação completa do congresso
Fonte: EstundanteNet
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