Durante os quatro dias de encontro, temas como assistência na universidade, aborto e a inserção das mulheres na política foram debatidos. O público feminino presente no evento reafirmou a atualidade da luta das mulheres e o compromisso pela superação do patriarcado, do machismo, do racismo, homofobia e lutando pela garantia de autonomia e a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
“A luta contra o machismo é fundamental e atual. O Brasil ainda está distante de ser uma sociedade igual para mulheres e homens. Queremos mulheres na política e no poder! Chega de machismo na universidade! Viva a luta feminista!” afirmou o presidente da UNE Augusto Chagas que participou cerimônia de abertura do 4º EME.
No encontro foi defendida a necessidade da UNE incorporar em seu debate a reforma política e agregar entre suas principais tarefas estudantis a luta por creches universitárias em tempo integral, a destinação de 30% de cotas para as mulheres na diretoria executiva e no pleno da entidade e a luta pela legalização do aborto.
A luta por participação política das mulheres é a luta cotidiana das mulheres que foram historicamente colocadas nos espaços privados. A eleição da primeira Presidenta da República apresenta um novo cenário para a participação das mulheres nos espaços de poder. A reforma política em debate no Senado é de fundamental importância para garantir que as mulheres possam estar inseridas nos processos eleitorais de forma igualitária aos homens. Nesse sentido, as mulheres estudantes defendem a lista fechada com alternância de gênero e financiamento público de campanha que possibilitarão um avanço para o aumento da participação política das mulheres nos espaços de poder.
Campanha pela Legalização do Aborto
O 4º EME continuou reafirmando a defesa da legalização do aborto, como uma importante luta das mulheres. A Campanha pela Legalização do Aborto, aprovada em 2007, foi um importante instrumento para dar visibilidade ao debate e denunciar a opressão e o preconceito vividos pelas mulheres com a criminalização da prática do aborto. Os números do aborto no Brasil são alarmantes e são as jovens mulheres e negras que mais morrem em decorrência dessa ilegalidade. A partir da campanha, percebeu-se a necessidade do assunto ser abordado constantemente no movimento estudantil. Portanto, as mulheres estudantes da UNE continuam defendendo a legalização do aborto e afirmando o direito das mulheres de decidirem sobre seus suas vidas e corpos.
Confira no Flickr da UNE, fotos das etapas estaduais e as imagens oficiais do 4º Encontro de Mulheres da UNE: http://migre.me/4nIwM
Nenhum comentário:
Postar um comentário