terça-feira, 6 de setembro de 2022

HISTÓRIA DA CORRIDA DA GALINHA


 De família festeira por natureza, os irmãos Marcos e Marcelo Valença (gêmeos) são os idealizadores da festa mais irreverente do Brasil. Desde que saíram de São Bento do Una para estudar no Recife, em 1975, os irmãos sempre tiveram o sonho de trazer algo novo para São Bento do Una. Por serem donos do Trio Elétrico Asas da América, visitaram muitos lugares em diferentes estados, e foram vendo como as cidades tinham um bom potencial em relação a festas. Daí pensaram em criar algo que mostrasse o que o município tem de característico.


A Corrida da Galinha, nasceu de uma conversa entre amigos, na mesa de um bar. "Foi engraçado como surgiu a ideia, nasceu de uma ideia do cantor Bubuska Valença, (a gente diz que a ideia foi de Bubuska porque foi ele quem pagou a conta). E ideias desse tipo só surgem em mesa de Bar. Eu e meu irmão (Marcelo) sempre gostamos de festas e São Bento do Una tem a avicultura como principal fonte de renda”, disse Marcos.

Assim, em julho de 1993, incentivados pelo então prefeito de São Bento do Una, Paulo Bodinho e a primeira dama Gilda Valença, os irmãos davam inicio a uma das festas mais exóticas já criadas na região. surge um dos eventos mais irreverentes de Pernambuco e que deu a maior visibilidade a uma cidade em tão pouco tempo: a I Corrida da Galinha de São Bento do Una.


Com medo de não dar certo, uma semana antes de começar o evento, Marcos pediu a ajuda do pai, Senhor Gildo Valença, para comprar umas aves na feira livre do sábado: “A intenção era a de que se não aparecesse ninguém interessado em correr, nós mesmos da organização íamos entrar em ação”, comentou sorridente Marcos. Sr. Gildo se esqueceu de comprar as galinhas. Por sorte o medo não se concretizou: foram mais de 200 aves inscritas nas categorias Galos e Galinhas.


A primeira versão da Corrida foi muito mais experimental. O Galinhódromo foi construído na Praça Historiador Adalberto Paiva, no ponto mais central da cidade. Era bastante simples e não possuía arquibancada, dificultando o desempenho dos participantes e a visibilidade dos que queriam assistir. Tinha um parque de diversões próximo e para animar a festa o Trio Elétrico Asas da América que também servia como sistema de som para o Galinhódromo. Mesmo Com todas as dificuldades, o evento foi um sucesso.

A partir da 3ª Corrida no ano de 1995, a festa deu um salto grandioso no calendário cultural do estado. Atraindo a atenção de rádios, revistas, jornais e tvs. Foi oferecido á população o que havia de melhor no momento, na música pernambucana. Artistas e bandas como: Versão Brasileira, Almy Ruche, Marrom, André Rio e Asas da América. Os blocos (Bafo do Galo e  Papa-grão) davam um brilho maior à Festa. A cidade passou a receber turistas de todas as partes do Brasil e até mesmo americanos e europeus.


Nem só de sucesso viveu a Corrida da Galinha, no ano 2000, a já tradicional Corrida da Galinha de São Bento do Una, pela primeira vez desde que foi criada, deixou de ser realizada. Um golpe duro para o frágil turismo da cidade. 


Cinco anos sem a corrida…No ano de 2005, São Bento do Una estava pronta para reviver um antigo sonho: A volta da Corrida da Galinha. A organização contou com uma infra-estrutura nova.

O novo Galinhódromo tinha um circuito fechado de 80 metros protegido por telas, os “puleiros”, agora contava com uma estrutura metálica para dar mais segurança ao público e torcedores. Foi um sucesso total. A noite muitos trios elétricos, incluindo o sempre presente Asas da América animaram os foliões com a participação dos blocos Papa-grão e o estreante Arrocha o Pinto, além do Galo Jegue.

Referência: Daniel Melo




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