A pressão das Cortes de Lisboa para seu regresso à Portugal,
Dom Pedro recebeu, em janeiro de 1822, uma petição com 8 mil assinaturas
solicitando a sua permanência. Sua decisão foi tomada com base numa frase
célebre: "Como é para o bem do povo e felicidade geral da nação, estou
pronto, diga ao povo que fico", que deu origem ao chamado "dia do
Fico". A decisão expressou publicamente a adesão do regente à causa
brasileira.
A partir de então, sucederam-se os atritos políticos com as
Cortes de Lisboa. Ministros portugueses pediram demissão. Formou-se um novo
ministério, e José Bonifácio de Andrada e Silva foi nomeado ministro do Reino e
Negócios Estrangeiros. Em maio de 1822, o príncipe regente aceitou o título de
Defensor Perpétuo do Brasil, oferecido pelo Senado da Câmara do Rio de Janeiro.
Em junho, decidiu convocar uma Assembleia Constituinte. Em agosto, resolveu
considerar inimiga as tropas portuguesas que eventualmente desembarcassem no
Brasil.
Quadro: Félix Auguste Taunay (1795-1881)-'acclamation'
'aclamação de Dom Pedro (dia do Fico) 9 Janeiro 1922-palacete do Campo de
Sat'Ana'-oil on canvas - Rio de Janeiro-Biblioteca Nacional
Kacá Patricio - Equipe História Agora
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