1958: O MATA 7Era o dia 26 de fevereiro de 1958, por voltar das 16 horas, um desastre aconteceu. Vamos saber mas o que foi este desastre. Um velho Chevrolet vinha na rampa, tranquilo sem obrigações de fazer um horário, o motorista com o pé firme no acelerador, pisava o mínimo que era necessário. Então ele pensou: "Ele vai descer essa ladeira tranquilo só na banguela, até o centro". Pensou errado...
O motorista, pensando que podia controlar os freios do pesado caminhão, logo se enganou. Leone disse em seu livro: "Pouco antes da serraria de Adauto, Brandina pressente o desastre. Incapaz de se manter firme nos "neuvos", mergulha sozinha para fora da carroceria para arrebentar-se nas pedras da beira da estrada".
As outras pessoas que estavam no caminhão logo se agarram-se nas grades, cordas e nas orações. O caminhão passou feito uma bala em frente ao "Rodolfo", graças aos céus os alunos estavam em suas salas de aula. O motorista saía buzinando, um anuncio da morte. O caminhão descer como sem controle, deixando um estrago enorme até bater aos fundos da prefeitura. O povo logo chegar, e inicia os socorro às vítimas. O cenário é horrível, sangue por toda parte misturado com farinha.
Correm para chamar dr. Lívio e dr. Osmário, que estavam engraxando os sapatos. Daí vão logo dando as ordens, tirá os sacos de farinhas e procurarem as vítimas. Dr. Lívio mandar retirarem os cadáveres e colocarem em outro local. Um homem ferido é confudido com um morto e falar:
- Êi, rapaz, pra donde tás me levando?... eu tô vivo!
- Taz conversando... tás morto, home! - diz o condutor - quês saber mais que o Dr. Lívio?
Padre João é chamado para encomendar às almas, dias depois o enterro da tragédia, o dia que ficou marcado como o "MATA 7".
.
Foto: Júnior Braga.
Fonte: Novas crônicas Sãobentenses de Anteontem.