O sítio Opera Mundi divulgou ontem que Félix Rodríguez,
ex-agente da CIA que participou do assassinato do revolucionário Ernesto Che
Guevara, encabeçará a recepção à dissidente cubana Yoani Sánchez em Miami em
meados de abril, quando ela fará nova turnê pelos EUA. A notícia, divulgada em
primeira mão pelo sítio espanhol Terceira Informação, bombou nas redes sociais
no final de semana. Ela serviu para abalar ainda mais a imagem da sinistra
“blogueira”, tão paparicada pela mídia colonizada.
Segundo a enciclopédia virtual Wikipédia, Félix Ismael
Rodríguez nasceu em 1941, em Havana. Seu tio foi ministro de Obras Públicas do
ditador Fulgencio Batista e o jovem integrou a policia secreta do regime
facínora e pró-ianque. Logo após o triunfo da revolução, em 1959, sua rica
família se exilou nos EUA. Félix Rodríguez frequentou aulas na The Perkiomen
School, na Pensilvânia, mas logo abandonou o estudo para ingressar na Legião
Caribe Anticomunista, criada com o objetivo de derrubar o governo de Fidel
Castro.
Em setembro de 1960, ele aderiu a uma organização
paramilitar de exilados cubanos, bancada e financiada pela famigerada CIA. O
grupo terrorista, batizado de Brigada 2506, planejou vários atentados em Cuba.
Félix Rodríguez também participou da frustrada tentativa de invasão na Baia de
Praia Girón. Em abril de 1967, os governos da Bolívia e dos EUA criaram o
Segundo Batalhão Ranger com a missão de liquidar a guerrilha no país andino. Já
a serviço da CIA, Félix Rodriguez foi o responsável pela execução de Ernesto
Che Guevara, em 9 de outubro de 1967. Ele mesmo relatou o covarde assassinato:
“Quando cheguei, Che estava sentado num banco. Quando ele me
viu, disse: ‘Você veio aqui para me matar’. Senti-me envergonhado e abaixei a
cabeça sem responder. Então ele perguntou-me: ‘O que disseram os outros?’. Eu
respondi que não tinham dito nada e ele retorquiu: ‘Eles são uns bravos!’. Eu
não me atrevia a disparar. Naquele momento eu vi o Che grande, muito grande,
enorme. Seus olhos brilhavam intensamente. Quando ele me olhou fixamente,
fiquei tonto. Eu pensei que com um movimento rápido Che poderia tirar-me a
arma. ‘Por favor, calma‘, disse ele. ‘Aponte-a bem! Vai matar um homem!’ .
Então dei um passo atrás, dirigindo-me para a porta. Fechei os olhos e disparei
a primeira salva. Che, com as pernas quebradas, caiu no chão, contorceu-se e
começou a deitar muito sangue. Recuperei o meu ânimo e atirei a segunda salva
de disparos, que feriu o seu braço, ombros e coração. Ele estava morto”.
É este crápula que agora recepcionará Yoani Sánchez em
Miami, num ato organizado pela mafiosa Associação de Veteranos da Baía de
Cochinos. Quando esteve no Brasil, a dissidente cubana foi recebida pelos
líderes da oposição demotucana, teve como guarda-costas o fascistóide Jair
Bolsonaro e ganhou os holofotes da mídia colonizada. Na ocasião, o senador
Eduardo Suplicy (PT-SP), que organizou sua visita ao país, afirmou
“ingenuamente” que a blogueira cubana lutava pela liberdade. Que belas
companhias!
Por: Altamiro Borges