terça-feira, 12 de abril de 2011


Paz, integração sul americana e crise econômica
Em um discurso que foi pontuado em diversos momentos pela defesa da autonomia dos povos, Amorim disse que “a paz é como o ar e a liberdade, você só perceba que ela é importante quando está em falta”. Para ele, o Brasil, por sua representatividade e importância, deve ter como uma das prioridades trabalhar pela paz, um “processo que tem que ser construído como uma contribuição para o desenvolvimento dos países”
Para Amorim, um dos maiores trunfos do Brasil é viver em paz com seus vizinhos. Ele coloca a integração da América do Sul como mais viável e o que permite de alguma forma o desenvolvimento equilibrado da região. Mas destaca  a coragem do Brasil em desenvolver relações também com outras nações, como Índia e a África do Sul (“Dois países com muitos problemas parecidos”), mesmo sofrendo críticas por isso.
“Quando fomos ao Irã ou realizamos uma reunião com os países do Caribe na Costa do Sauípe, na Bahia, fomos alvos. Uma parte da mídia, dos ideólogos queriam que nós tivéssemos medo porque isso faz parte de um estado de dependência que eles querem que a gente tenha. Por que temos que pedir licença para os Estados Unidos para negociar?”, questionou.
“Se tem uma palavra que eu poderia dizer é presença. O Brasil se fez presente no Oriente Médio, na África e outras regiões. O Brasil tem um comércio muito diversificado com outros países e resistiu à grande crise porque não dependia de um só país. Fortalecemos o mercado interno, distribuímos renda  e diversificamos as relações internacionais. Nos preparamos para uma situação em que não tivemos a dependência de um só mercado. Isso tudo é fruto, posso dizer, que da nossa coragem. Por que o Brasil tem que ser pequeno e porque temos que fazer só aquilo que eles querem que a gente faça? A gente não pode nem fazer a mesma coisa que o estados unidos. Temos que fazer menos. Por isso, destaco hoje a importância da auto-estima brasileira”, disparou, sendo aplaudido pelos estudantes.
“O Brasil se dedicou muito à America do Sul. Temos muitas razões para isso, econômicas, culturais, estruturais... E, claro, é muito importante para podermos dialogar em conjunto com os grandes blocos internacionais. A união estrutural que estamos conseguindo fazer tem 150 anos de atraso se comparado a outros regiões”, disse.

Nenhum comentário:

Postar um comentário